terça-feira, 23 de outubro de 2012

Chernobyl - Sinta a Radiação

(Chernobyl Diaries, 2012)
Diretor: Bradley Parker
Elenco: Jesse McCartney, Jonathan Sadowski, Nathan Phillips, Olivia Dudley, Ingrid Bolsø Berdal, Devin Kelley, Dimitri Diatchenko

O gênero Terror me provoca um sadismo cinematográfico. Principalmente neste estilo de produção que um grupo de amigos ou desconhecidos se juntam para explorar algo novo e, sempre, fora dos planos iniciais. Algo que, exceto as pessoas envolvidas na aventura, sabem que é um erro gigantesco. Fazendo com que, mais cedo ou tarde, o público se convença que o susto foi merecido.

Em outras ocasiões mencionei o grande diferencial de um filme do gênero, existente em um mundo aparte, com regras ainda não quebradas. As personagens de um filme assustador podem ter ideias mirabolantes para se safarem de seus problemas, mas nunca o gatilho necessário para evita-las.

Chernobyl - Sinta a Radiação retoma a problemática do acidente da usina nuclear localizada no norte da Ucrânia. Um grupo de amigos na companhia de um casal desconhecido decidem, com um guia, explorar a cidade ao lado, Pripyat, onde moravam os trabalhadores da Usina e que também se tornou uma cidade fantasma. É evidente que existirá algo de inesperado que, pouco a pouco, provocará pânico e terror nas personagens.

Pela maneira burocrática com que tais produções são conduzidas, é necessário um esforço gigantesco do expectador para sentir-se na trama ao ponto de assustar-se também. Não há nada novo, nem em enredo, nem em produção. Não perde sua estrutura de entretenimento, mas é apenas mais uma história.

O medo, explorado de maneira parcial tenta surgir no desconhecido, da sugestão, naquilo que o público não vê. Como fórmula popularizada há mais de dez anos, perde sua força a cada produção, mesmo que durante esse tempo tenham tentado de todas as maneiras explora-la com novas temáticas, como países exóticos com família assassinas, desconhecidos vindo do espaço, datas comemorativas que marcariam o fim do mundo – caso de 11-11-11 – ou qualquer outra história que sempre promove um marco zero antepassado para o que se verá na tela ou um ambiente que, de alguma maneira, tem mais do que aparenta.

Do mesmo criador da série Atividade Paranormal  - que se utiliza de elementos narrativos semelhantes - o filme não será o primeiro, nem o último, a se formular da mesma maneira que diversos outros. Porém, é indicado se você deseja uma diversão sem nenhuma pretensão e se, por acaso, gosta de rir dessas personagens que sempre vão ver a origem de um barulho em vez de correr para longe.


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