domingo, 7 de setembro de 2008

No alvorecer do novo dia, sai,
de cinco passos rumo ao infinito
e imagine que um dia tenha fim

Caminhe nos recônditos absurdos
force o raiar do dia com sua luz
trazendo para perto de ti a força armada

No chegar da tempestade
chore pelas gotas que virão
e anseio o renascer sereno do tempo

assim seja seu espírito
uma unção, grande quanto mundo
quanto sua sutileza

Terno, como o carinho das mães
Sereno, como palavras paternas
Doce, como os lábios da filha procurando proteção
Seu, com a vontade maior em sua conquista.

22 de Abril de 2006

* Eu me lembro de compor esse poema em meio a uma festa, onde rasguei uma página velha de uma agenda de minha mãe e comecei a escrever sem parar. Para a transcrição fiz apenas duas ou três modificações que achei válidas, que o tempo melhor ensinou na matéria da poesia. Porém é um poema um tanto quanto romântico, também com a influência do sempre mestre Manuel Bandeira. Ele foi encontrado nesse final de semana em meio à bagunça das gavetas. Por isso, faço um registro nesse espaço, caso eu perca o pequeno papel em que ele foi composto.