segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros

(Abraham Lincoln: Vampire Hunter, 2012)
Diretor: Timur Bekmambetov
Elenco: Dominic Cooper, Mary Elizabeth Winstead, Alan Tudyk, Rufus Sewell, Benjamin Walker, Anthony Mackie, Jimmi Simpson, Laura Cayouette, Robin McLeavy, Jaqueline Fleming, Erin Wasson

Inserido na tendência de utilizar uma histórica personalidade dentro de um enredo fictício, Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros apresenta um dos grandes presidentes americanos como um herói oculto, além daquele que uniu a nação americana. Afora a mistura entre ficção e realidade, outra vertente estilística é utilizada no longa metragem: o mash up entre o clássico e monstruoso.

O hibridismo entre um argumento conhecido e novos elementos grotescos tornaram-se popular graças a Orgulho e Preconceito e Zumbis, primeiro livro de Seth Grahane-Smith, também criador desta história. Seu primeiro livro foi a inspiração para surgir um sub gênero na literatura, revisitando obras clássicas com novas personagens obscuras em uma paródia inventiva.

Nesta produção, os vampiros fazem parte da construção da América e são responsáveis pela base da escravidão. Transformando a importante Guerra Civil Americana em uma luta de humanos contra sobre-humanos. A história poderia ser divertida não fosse pela temática desgastada de uma indústria que, desde Crepúsculo, vem explorando vampiros e outros seres fantásticos em demasia. Apenas diferenciando seus monstros por detalhes como, nesse caso, vampiros que sobrevivem a luz do sol e podem desaparecer em um piscar de olhos.

Mesmo formatado para o entretenimento, o filme tem maior significado para os americanos que conhecem mais a fundo as personagens e o pano de fundo. Ainda que seja delicado retirar a importância da Guerra de Secessão para desenvolver a batalha com vampiros.

As cenas de luta são bem coreografadas, principalmente pela arma impar escolhida por Abraham Lincoln para sua luta contra vampiros. Porém, o excesso de câmera lenta a cada luta vai diminuindo sua credibilidade, já que, assim como a temática mencionada, é um recurso que deve ser revisto pelos diretores pelo uso em excesso que tem mais destruído boas cenas do que sendo satisfatório.

Embaixo de uma leve maquiagem que formata o rosto de Benjamin Walker ao do presidente, sua personagem não desperta o carisma necessário para parecer um herói, transformando o lado obscuro do presidente como um mero detalhe da trama que poderia não existir e se tornar apenas mais um filme de vampiros.

Resta saber se os livros de Smith tem mais fôlego como obra literária, já que sua ideia tem sido copiada por diversos outros autores e gerando outras produções do gênero.


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