quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lie To Me, Segunda Temporada

A verdade sempre tem seus meios de aparecer

Cal Lightman é um homem interessante. Sua especialização, em micro expressões faciais, transforma- o em um detector de mentiras humano, rápido e austero. Sendo sensível a qualquer pequena hesitação onde expressões físicas traiam um discurso decorado.

Sua postura em relação a outros, até mesmo a equipe de sua companhia, é proporcional ao seu talento. Apresenta uma personalidade agressiva, carregada no sotaque britânico irlandês e, pela altura um tanto franzina, caminha de maneira a projetar-se, aparentando ser maior do que é e configurando-se como alguém irritadiço sempre preparado para entrar em uma briga.

A boa recepção de Lie To Me deu a série uma segunda temporada que conquistou, conforme sua exibição, um bom número de episódios, totalizando-se vinte e dois, quase o dobro da primeira.

O segundo ano dá prosseguimento as análises de Cal Lightman e sua equipe, mas poupa o público da formalidade narrativa, na esperança de que, acostumados com as identificações fundamentais das expressões, público, junto com a equipe, seja capaz de ser perceptível ao básico da língua corporal.

Tal idéia intuitiva dos roteiristas deixa o desenvolvimento de cada episódio mais natural. Seguindo a formula consagrada das séries americanas, de apresentar o caso antes da abertura e seu desenrolar na seqüência.

Ampliando o trabalho do The Lightman Group, o ator Mekhi Phifer é incorporado ao elenco, como um agente do FBI, cujo departamento assinou um contrato para que Carl trabalhasse em alguns de seus casos.

Assim, em boa maneira alternada, Lightman e sua equipe trabalham em casos grandes, envolvendo assassinatos e outros delitos e também histórias menores, muitas escolhidas pelo próprio chefe que decide se intrometer em acontecimentos alheios para apresentar sua versão da história e provar a superioridade de sua ciência.

O fato envolvimento é bastante presente na segunda temporada que também apresenta um pouco mais do passado da personagem central e, assim, configura ainda mais seu gene explosivo. Em alguns casos o próprio Lightman deseja dominar tanto a ação, que acaba complicando o andamento da mesma.

Os paralelos da história também são bem fundamentados, sendo capazes de se sustentam. Sua sócia, a Dr. Gillian Foster passa por uma crise pessoal, algo que Carl não parece ser capaz de compreender direito, colegas de equipe galgam uma promoção e uma tensão crescente, enquanto a própria filha, Emily, cresce a mercê do pai, que tenta estabelecer um bom relacionamento ainda que seus nervos a flor da pele intentem atrapalhar em certos momentos.

A segunda temporada da série foi lançada recentemente em DVD no país. Lá fora, enquanto isso, sua terceira temporada encontra-se em exibição. Dentre as séries que não possuem tanto destaque, vale a pena acompanhar pela idéia diferenciada de uma investigação e pela boa e interessante figura interpretada por Tim Roth.



Nenhum comentário:

Postar um comentário