quinta-feira, 25 de junho de 2009

24 Horas, Sétima Temporada

ATENÇÃO: PARA MELHOR ANÁLISE DA TEMPORADA, ALGUMAS PARTES DO ENREDO SERÃO CONTADAS DURANTE O TEXTO (OS CONHECIDOS SPOILERS). PORTANTO PARA SUA SEGURANÇA, SE NÃO QUISER SABER NADA A RESPEITO, PARE DE LER O TEXTO AGORA. MAS RETORNE APÓS TER ASSISTIDO A TEMPORADA, POR FAVOR.

Jack Bauer em um de seus melhores dias ruins.


Há sete anos atrás aproximadamente, Jack Bauer era apenas mais um herói que estreava em uma série de televisão altamente promissora. Os anos se passaram, as crises de um dia foram ficando mais estruturadas e algumas derrapadas desastrosas surgiram no horizonte. A pior delas se concentrou na sexta temporada em que os roteiristas, nitidamente empolgados com a boa história inicial, não se programaram direito e fecharam o argumento principal faltando algumas horas para o fim. O resultado é uma emenda perceptiva e uma crítica negativa arrasadora por parte dos fãs e da mídia.
Embora a crítica fosse um tanto exagerada – o final não foi assim tão catastrófico – os fãs da série 24 Horas já deveriam ter se acostumado. Tirando a primeira temporada da série, todas as outras deixaram algumas pontas soltas. Algumas resolveram isso de uma forma positiva e outras decepcionaram.
A sétima temporada de 24 Horas tinha como objetivo trazer de volta a série como uma das melhores produzidas atualmente. Alguns personagens antigos seriam mantidos, Tony Almeida voltaria a participar da série e o contexto ao seu redor estaria diferente: agora sem a CTU (por conta dos acontecimentos dos outros anos), a ação se passa em Washington e precisará, de novo, da ajuda de Jack Bauer, que começa o seu dia em um julgamento sobre seus atos de tortura.
Não há dúvidas que o novo argumento é, ao mesmo tempo, consistente e tradicional. Consistente porque mantem muito bem, em quase sua totalidade, a ação beirando o verossímil, o suspense desenfreado e as reviravoltas; tradicional pois como mais uma temporada da série, já sabemos seus elementos chaves de clichê, embora isso seja um detalhe, já que, mesmo sabendo que tal personagem pode ser um traidor, a traição se torna muito bem executada em cena.
O novo atrativo dessa temporada, além de um novo ambiente, é dar a Jack Bauer, a maior parte do tempo, uma parceira competente, ao contrário das outras seis temporadas em que, normalmente, seu parceiro morre em meio a ação. O contra ponto que a agente do FBI Renee Walker realiza na série é um dos bons momentos da temporada. Renee realiza a personagem que confia em Jack Bauer mas não concorda com sua filosofia e, aos poucos, percebe que, já que trata-se quase de uma guerra, algumas medidas extremas devem ser tomadas pelo bem maior.
Sem contar o espetacular núcleo político da série que tem em sua presidenta Allison Taylor, um incrível personagem que além de uma grande líder possuí alto bom senso.
Os fãs da série também não se decepcionaram, pois os parceiros habituais de Jack estão lá. A sempre mal humorada Chloe O´Brien e o – agora de cabelos brancos – Bill Buchanan marcam presença na maioria da temporada.
Porém, como de costume nos sete anos da produção da série, nem tudo concluí-se perfeitamente.
As horas finais fecham-se com dois aditivos desnecessários: o retorno de Kim Bauer, uma das personagens mais inúteis de toda a série, bonitinha e ordinária. E uma reviravolta a respeito da morte de Michelle, mulher de Tony Almeida, que destrói o bom argumento de temporadas passadas por nítida falta de, novamente, planos ao fechar a temporada.
Mas o estrago não é tão grande. Até esse ponto a trama é tão bem costurada, a ação tão bem executada que, novamente, a aceitação desse erro passa quase desapercebida. Mas não consagra essa temporada em sua totalidade.
A oitava temporada de 24 Horas já se encontra em produção. As últimas notícias confirmam a volta da CTU com Freddie Prince Jr como o diretor da Unidade Contra o Terrorismo (não me perguntem o porque). Até então, é a última temporada da série, com direito a um fim derradeiro sobre Jack Bauer que finalmente descansará em paz.

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