A sátira mais mordaz da natureza humana

O enredo da série Californication poderia muito bem não funcionar. Sua trama adulta, ácida e pesada, agride desde a primeira cena da primeira temporada, em que Hank Moody entra em uma igreja e, reclamando da vida para uma freira, tem um contato íntimo com ela.
Porém a história do escritor frustrado e mulherengo, autor de um único sucesso, além de incrivelmente sedutora é perfeitamente crível pelo universo extremo criado por Tom Kapinos.
A personagem de Hank Moody caiu como uma luva para o eterno Fox Mulder David Duchovny. Vencedor do Emmy pela personagem, Duchovny entrega-se de corpo e alma ao rude personagem. Chega a ser irônico que, assim como o escritor, o ator tenha apenas um grande sucesso em seu roteiro, o estrondo chamado Arquivo X.
Evidente que não só Duchovny é o destaque da série. Assim como outra série do canal Showtime, Dexter, todo o elenco está em perfeita sintonia. A atriz Natascha McElhone, que interpreta o grande interesse amoroso de Hank, além de belíssima, aprofunda mais o tom real da série, mantendo-se como uma das poucas personagens não corrompidas pelo universo de Hank.

O mundo que o cerca é um caso a parte que também merece destaque. Todos os germens ruins que existem nos humanos – nossos impulsos, desejos escusos – estão presentes para perverter ainda mais a alma pecaminosa de Hank. Em uma visão naturalista e mordaz daquilo que somos. Na verdade, em certo ponto da narrativa, chegamos a pensar que em um universo tão depreciativo, o melhor caráter ainda é o de Moody.
Mesmo a primeira temporada fechando com um final perfeito, o produtor Tom Kapinos mostra que Californication tem muita história para contar. A segunda temporada retoma a narrativa logo após o fecho da primeira temporada e se mantém muito bem em mais doze episódios. Tanto que logo no final da segunda temporada já há o anuncio da terceira.
Outro fator positivo para o canal Showtime é o tempo e o número de cada episódio e temporada, respectivamente. Com meia hora de duração aproximadamente e apenas doze episódios por temporada, a série não perde o fôlego em momento algum e não cansa, daquelas que podemos assistir em poucos dias pelo prazer e fluidez da narrativa.
minha série de tv favorita.
ResponderExcluire eu nem gostei tanto do final da primeira temporada. gostei mais do fim da segunda.
acho fantástico o desenvolver dos personagens.
hank moody é o escritor que não existe que mais quero ler.
a mulher do Hank é uma das personagens mais indecisas que eu já vi!
ResponderExcluirmas ela tão bonita que eu até teria paciencia, hahaha
Ainda ñ assisti a segunda temporada,
ResponderExcluire concorda com vc ai naum gostei muito do final da primeira só na parte q aquele Bill fica só,
mais Vírgula isso a série é muito boa!