Normalmente, tenho dedicado o espaço dessa coluna, algo que me dá imenso prazer em produzir, a comentários e exposições filosóficas voltadas a cultura em geral. Porém, certas vezes, ao imaginar argumentos para preenchê-la, é impossível não ser invadido por memórias e lembranças.
Um único momento é capaz de ser a fagulha para um longo texto, um despertar de sensações imateriais guardadas na memória. Refletir sobre esse aspecto é arenoso. Descuidar-se momentaneamente transforma um bom texto em bobagem reflexiva com abstração demais e conteúdo de menos.
Assim, é difícil, pela primeira vez, questionar um conceito que todos carregam em si, mas que, muitas vezes, é um fragmento mais frágil que a memória. A idéia dos sonhos. E entendam nessa palavra como a tradução daquilo que desejamos e planejamos durante muito tempo para nós.
A imagem da criança fazendo rabiscos com lápis de cor em um papel em branco, dizendo que tal desenho é o desejo de seu futuro, é bastante comum. Fazemos isso quando crianças e expomos sonhos inocentes. A maneira que crescemos, ou deixamos que os sonhos sejam limados ou jogamos os dados, apostando em uma intuição, aparentemente mais cara, mas que, se realizada, será mais plena.
Lembro-me de uma frase do compositor Paulinho Moska afirmando que “sonhos são como deuses, quando não se acredita neles deixam de existir”. Assim, observo que mesmo aqueles que estão longe de seus sonhos, guardam-nos em uma pequena caixa, com medo de que eles deixem de existir.
Dizem que a impulsividade dos sonhos é inversa a sensação de conforto. Sabemos que, quando expostos a um perigo, nossa reação primordial é se esconder, ficar a margem de um apoio. É assim com a matéria dos sonhos. O preço para realizá-los é alto, nunca é de graça, é necessário um trabalho extenso. Quando realizado, a mais valia é impossível de ser descrita.
Estamos em uma época em que vivemos a margem de caminhos. Opções de escolha não faltam, e isso observo com atenção nas pessoas que me cercam. Muitas vezes, vejo-os optando pelas alternativas mais confortáveis, mesmo que eu saiba que, internamente, as escolhas não seriam essas. Que os tais sonhos estão amassados em algum papel, jogados dentro de alguma gaveta na escrivaninha.
Dentro de minha mochila carrego sempre um amontoado de papéis. Alguns são rabiscos e outros são idéias completas que começo a concretizar. Estou trabalhando em meus sonhos. E a corda bamba que eles podem gerar, sem saber se serão sucesso ou fracasso é deveras assustadora. Mas, se eu os negasse, seria como se parte de mim vivesse sem expressão.
Sei que tais palavras soam bastante banais. Mas só recentemente descobri que, tratando-se da construção de nossos sonhos, somente nós somos capazes de fazê-los. O apoio de outros sempre tem limites.
Quando isso acontecer, tranque-se em seu quarto, pegue folhas em branco e deixe suas idéias te guiarem. Não importa quão impossíveis seus sonhos possam parecer, a construção é que define tudo, no final. Acrescidas daquela sensação indefinível chamada intuição.
O título que completa esse texto foi retirado de um álbum do cantor Bruce Springsteen, lançado ano passado, seu décimo sexto álbum em estúdio, Working On a Dream. Me impressiona que aos cinqüenta anos de idade, com meio século de vida, e uma carreira incrível e estável, o compositor ainda conceda espaço para trabalhar seus sonhos. Que mesmo atingido o que muitos chamam de completude da vida, ainda é inquieto e almeja mais, construções maiores.
Hoje, tenho a consciência de meus desejos e, aos poucos, nascem forças para realizá-los. Como Sprinsteen, estou trabalhando em um sonho. E, quando crescer, quero ser como ele. Alguém que nunca para e sempre encontra mágica no ar mesmo quando ao seu redor não há nenhum rítmo.
Um único momento é capaz de ser a fagulha para um longo texto, um despertar de sensações imateriais guardadas na memória. Refletir sobre esse aspecto é arenoso. Descuidar-se momentaneamente transforma um bom texto em bobagem reflexiva com abstração demais e conteúdo de menos.
Assim, é difícil, pela primeira vez, questionar um conceito que todos carregam em si, mas que, muitas vezes, é um fragmento mais frágil que a memória. A idéia dos sonhos. E entendam nessa palavra como a tradução daquilo que desejamos e planejamos durante muito tempo para nós.
A imagem da criança fazendo rabiscos com lápis de cor em um papel em branco, dizendo que tal desenho é o desejo de seu futuro, é bastante comum. Fazemos isso quando crianças e expomos sonhos inocentes. A maneira que crescemos, ou deixamos que os sonhos sejam limados ou jogamos os dados, apostando em uma intuição, aparentemente mais cara, mas que, se realizada, será mais plena.
Lembro-me de uma frase do compositor Paulinho Moska afirmando que “sonhos são como deuses, quando não se acredita neles deixam de existir”. Assim, observo que mesmo aqueles que estão longe de seus sonhos, guardam-nos em uma pequena caixa, com medo de que eles deixem de existir.
Dizem que a impulsividade dos sonhos é inversa a sensação de conforto. Sabemos que, quando expostos a um perigo, nossa reação primordial é se esconder, ficar a margem de um apoio. É assim com a matéria dos sonhos. O preço para realizá-los é alto, nunca é de graça, é necessário um trabalho extenso. Quando realizado, a mais valia é impossível de ser descrita.
Estamos em uma época em que vivemos a margem de caminhos. Opções de escolha não faltam, e isso observo com atenção nas pessoas que me cercam. Muitas vezes, vejo-os optando pelas alternativas mais confortáveis, mesmo que eu saiba que, internamente, as escolhas não seriam essas. Que os tais sonhos estão amassados em algum papel, jogados dentro de alguma gaveta na escrivaninha.
Dentro de minha mochila carrego sempre um amontoado de papéis. Alguns são rabiscos e outros são idéias completas que começo a concretizar. Estou trabalhando em meus sonhos. E a corda bamba que eles podem gerar, sem saber se serão sucesso ou fracasso é deveras assustadora. Mas, se eu os negasse, seria como se parte de mim vivesse sem expressão.
Sei que tais palavras soam bastante banais. Mas só recentemente descobri que, tratando-se da construção de nossos sonhos, somente nós somos capazes de fazê-los. O apoio de outros sempre tem limites.
Quando isso acontecer, tranque-se em seu quarto, pegue folhas em branco e deixe suas idéias te guiarem. Não importa quão impossíveis seus sonhos possam parecer, a construção é que define tudo, no final. Acrescidas daquela sensação indefinível chamada intuição.
O título que completa esse texto foi retirado de um álbum do cantor Bruce Springsteen, lançado ano passado, seu décimo sexto álbum em estúdio, Working On a Dream. Me impressiona que aos cinqüenta anos de idade, com meio século de vida, e uma carreira incrível e estável, o compositor ainda conceda espaço para trabalhar seus sonhos. Que mesmo atingido o que muitos chamam de completude da vida, ainda é inquieto e almeja mais, construções maiores.
Hoje, tenho a consciência de meus desejos e, aos poucos, nascem forças para realizá-los. Como Sprinsteen, estou trabalhando em um sonho. E, quando crescer, quero ser como ele. Alguém que nunca para e sempre encontra mágica no ar mesmo quando ao seu redor não há nenhum rítmo.
Alta Fidelidade, a coluna semanal do criador desse blog que tem trabalhado em seus sonhos como nunca. Aqui é possível falar abertamente sobre alguns temas sem que exija uma resenha para tal. Pretende-se abordar todo o tipo de assunto cultural, seja ele sobre livros, filmes, dvds, cds e, nessa semana, sobre nossos sonhos.
Semana que vem a coluna cede espaço para a coluna Preliminar, com uma avaliação sobre o que esperar de uma grande estréia cinematográfica.
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