Acreditar é apenas o início
Complementando o excelente gancho que a segunda temporada deixa no ar, o terceiro ano da série Arquivo-X consagra, de uma vez por todas, não só a mitologia como as tramas semanais da série.
Criando um panorama de excelentes episódios mitológicos, ousados, divididos normalmente em mais de um episódio e, entre eles, densas histórias de investigação individual.
A temporada é tão pontual, que há espaço, até mesmo, para episódios que apresentam uma faceta mais humorada, normalmente escrita pelo roteirista Darin Morgan ( “O Repouso Final de Clyde Bruckman, Guerra das Baratas e Do Espaço Sideral”) – que interpreta o monstro do O Hospedeiro, na segunda temporada – e é, com certeza, um dos grandes roteiristas da série.
Com a apresentação da série na primeira temporada, e a consolidação da mitologia na segunda, há espaço para o desenvolvimento das personagens. O embate entre Fox Mulder e seu algoz, Alex Krycek, segue em crescendo. Canceroso, sempre dúbio, demonstra lapsos de bondade. E o diretor adjunto Walter Skynner, de uma vez por todas, mostra que é aliado de Mulder, mesmo sendo obrigado a agir nas escuras.
O surpreendente na criação do enredo é o cuidado em sua composição. Nem sempre os melhores detalhes e pontos cronológicos estão no episódios-chave. Sendo possível encontrar até mesmo nos episódios de investigação individual, resíduos e segmentos que proporcionarão, futuramente, um gancho para uma trama maior.
O resultado minucioso, bem composto, dessa temporada, traduz-se em vinte e quatro episódios em que, nenhum, sem exceção, ficam além da conta ou sem ritmo. Elevando a série a um status máximo com uma temporada avassaladora.
Como em costume fundamentado pela série, a porção final da temporada não fecha todas as amarras que abriu, elevando, não só a expectativa, como criando o gancho para a temporada seguinte.
Essa temporada é realmente brilhante!
ResponderExcluirBoa análise!