segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Para Sempre

(The Vow, 2012)
Diretor: Michael Sucsy
Elenco: Rachel McAdams, Channing Tatum, Sam Neill, Scott Speedman, Wendy Crewson, Jessica Lange

A popularidade de Nicholas Sparks também causa incômodo. Muitos afirmam, com certa razão, que seus romances são variações do mesmo tema, utilizando-se de um argumento sempre romantico, as vezes exageredamente romântico, cujo objetivo primário são as mulheres, grandes consumidoras deste estilo.

Autor de grande sucesso, fazendo-o um vendedor de best-seller, tem diversas obras adaptadas para o cinema, algumas realizada há mais de cinco anos. Embora ainda não tenha sido leitor de nenhum de seus romances, as adaptações me fazem inferir o padrão de sua composição narrativa.

Dessa maneira, gosto de como o autor conduz sua história de amor, sem medo de ser piegas, entregando momentos de uma relação que, normalmente, se realizam em pequenos atos a dois e, fazendo destas lembranças, uma consagração maior para a história. Não que tenha gostado de todas as produções que vi, porém, é um autor que não deve ser ignorado simplesmente por escrever histórias românticas de gosto popular.

Para Sempre apresenta mais uma de suas histórias de amor. O diferencial, desta vez, é que a base vem de uma história real, mesmo que muitos associem este mesmo argumento ao excelente Diários de Uma Paixão. Na trama, Paige sofre um acidente que resulta em uma perda de memória recente, esquecendo todo o relacionamento que vive com Leo. Dia após dia, o marido tenta reconquistar a esposa, fazendo-a a lembrar da história de amor que vivem.

Embora a trama possa lembrar a comédia Como Se Fosse a Primeira Vez, o tom não é de humor. A angústia de não mais reconhecer parte de sua vida é exposta de maneira dramática e entristece por vermos uma sobrevivente de um acidente que não se recorda em nada de parte de sua vida.

A história real foi o ponto de partida para Sparks escrever este drama, que justamente por sua base aumenta a curiosidade em conhecer a respeito de um amor que, mesmo sem lembrança, lutou para se recriar.

Mesmo que a história tenha mais potêncial do que de fato sua realização, é expressivo a existência de um escritor que fale sobre o amor de maneira tão franca a todos sem medo de soa excessivo ou ruim. O abuso do melodrama é essencial parao reconhecimento e a emoção que, inevitavelmente, vem.

Há outras adaptações do escritor melhores desenvolvidas, porém, ainda assim, vale pela maneira livre de se falar de um dos temas mais universais desde que o homem desenvolveu a escrita.


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