quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Weeds, Primeira Temporada



Weeds foi apresentada ao público basicamente como a história de uma dona de casa que ao ficar viúva, começa a vender maconha para manter seu nível de vida. Porém, para mim a genialidade da série está em ir além disso: Weeds é um relato objetivo de como nossos valores éticos e morais podem ser adaptados e remoldados inúmeras vezes de acordo com as circustâncias.

A personagem de Mary Louise Parker é uma dona de casa suburbana comum, que surpreendida pela morte de seu marido, assume a responsabilidade de sustentar sua casa. Ela tenta manter suas crianças fora de sua vida "criminosa", e poucos de seus amigos sabem sobre a atividade que mantém suas contas em dia, e parecem não se importar muito com o que a vizinha faz, pois ela mantém as aparências e parece viver uma vida comum dos subúrbios.

O espetáculo começa já na abertura, que muda sempre o estilo da mesma música, enquanto com uma poética única apresenta cenas de como a vida parece uniforme nos subúrbios. A ironia é explorada na série de forma peculiar. Apesar de sua atividade, Nancy consegue ser menos desajustada e moralmente falida do que a maioria de seus vizinhos de Agrestic. Outra situação extremamente irônica diz respeito aos fornecedores de Nancy, que lhe dão suporte psicológico e são mais seus amigos do qualquer das "amizades louváveis" do subúrbio.

Nessa primeira temporada a série ainda parece tatear o território, enquanto Nancy atrapalhada, tenta administrar seu novo negócio e os personagens da série nos são apresentados.

Mary Louise Parker já ganhou dois prêmios por sua participação na série, o Sattelite Awards em 2005, e o Globo de Ouro em 2006, ambos na categoria melhor atriz de comédia.



Mariana Guarilha, além de escrever neste espaço, mantém dois blogs: o Blog da Má Jornalista, com críticas sobre filmes e séries e As Notas do Prisioneiro com seus textos narrativos.

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