Dir. Greg e Coulin Strause
Nas duas produções que reúnem Aliens e Predadores, a procura por um bom argumento é nula. A importância é ressaltar o potencial destrutivo das espécies e, assim, colocarem as duas para brigar.
O que é uma lamentação para os fãs de ambas as séries, que poderiam esperar um filme mais articulado, que respeitasse a mitologia e também os telespectadores. Afinal, um filme com Aliens e Predadores e um bom roteiro, poderia render um grande espetáculo cinematográfico.
Porém, qualquer semelhança com a realidade é descartada para criar uma história banal, com personagens caricatos e ridículos que só estão na tela para serem empecilho na briga dos Aliens com o Predador, em resumo, estão em cena para virar papinha de alienígenas.
Na tal trama, um Predador morre na terra ao ser atacado por Aliens e outro da raça é enviado para se vingar, mas alguma surpresas o aguardam, como um hibrido que une a velocidade – e a baba – do Alien com a força – e os dreads – do Predador.
O lamentável é que se os produtores já forçam o filme para que o mesmo seja apenas uma produção de pancadaria, poderiam ter feito melhor. As lutas sempre são no escuro, com cortes rápidos, dificultando a compreensão de qualquer pessoa se alguém quiser compreender o que se passa em cena.
Se o primeiro filme desta série já era uma tortura para seus fãs, Alien vs Predador 2 é o sorriso diabólico dos produtores, que pouco se importam com a opinião do público. A mais valia aqui é o dinheiro, nada mais.
Sexta Feira 13 (Friday the 13th - 2009)
Dir. Marcus Nispel
Não faltam regravações em Hollywood. Tratando-se de terror, esquecam. Ou o filme que você está assistindo é um requentado dos anos oitenta ou aquelas adaptações orientais que diversas vezes menciono.
Se há uma regravação que merece destaque, ela se chama Halloween e foi dirigida pelo músico Rob Zombie. Não se contentando em apenas recontar a hístoria original, atualizando brevemente seu contexto, Zombie inseriu novos elementos de sua visão pessoal sobre a saga. Resultando em um filme incrível e assustador pela profundidade psicológica do personagem Michael Myers.
Infelizmente, foi com esse conceito, e esse fervor em mente, que assisti a nova geração de Sexta Feira 13. Cometendo um lapso momentâneo de que, salvo a exceção do filme de Zombie, produções requentadas são geralmente ruins.
Cultuada por uma grande geração, adoradora de filmes nitidamente mal feitos – trash, por definição –, a regravação nada acrescenta a saga de Jason. Omitindo os eventos do primeiro filme, apenas indicados em um pequeno flashback, somos apresentados ao novo (?) Jason Voorhees.
A taxa de mortalidade continua em alta, com extrema violência. Assim como a obtusa opção da censura em não mostrar explicitamente as mortes, mas focar, em close, a nudez das atrizes siliconadas.
Mas o Jason do século XXI tem suas vantagens. Está um pouco mais ágil, brutal e – acreditem – inteligente, sabendo manipular outras armas além de seu tradicional facão. O restante, ainda permanece: gritos estridentes de mocinhas apavoradas, jovens que estão curtindo a vida e virarão paçoca a qualquer momento.
A produção fez tanto sucesso nas terras americanas que uma continuação já está nos planos. Para qual motivo, não consigo imaginar. A única vantagem é que os filmes antigos estão sendo relançados pela Paramount, em novas edições, em um box que contém até mesmo uma réplica da máscara usada pelo assassino de Crystal Lake. Cool.
O que é uma lamentação para os fãs de ambas as séries, que poderiam esperar um filme mais articulado, que respeitasse a mitologia e também os telespectadores. Afinal, um filme com Aliens e Predadores e um bom roteiro, poderia render um grande espetáculo cinematográfico.
Porém, qualquer semelhança com a realidade é descartada para criar uma história banal, com personagens caricatos e ridículos que só estão na tela para serem empecilho na briga dos Aliens com o Predador, em resumo, estão em cena para virar papinha de alienígenas.
Na tal trama, um Predador morre na terra ao ser atacado por Aliens e outro da raça é enviado para se vingar, mas alguma surpresas o aguardam, como um hibrido que une a velocidade – e a baba – do Alien com a força – e os dreads – do Predador.
O lamentável é que se os produtores já forçam o filme para que o mesmo seja apenas uma produção de pancadaria, poderiam ter feito melhor. As lutas sempre são no escuro, com cortes rápidos, dificultando a compreensão de qualquer pessoa se alguém quiser compreender o que se passa em cena.
Se o primeiro filme desta série já era uma tortura para seus fãs, Alien vs Predador 2 é o sorriso diabólico dos produtores, que pouco se importam com a opinião do público. A mais valia aqui é o dinheiro, nada mais.
Sexta Feira 13 (Friday the 13th - 2009)
Dir. Marcus Nispel
Não faltam regravações em Hollywood. Tratando-se de terror, esquecam. Ou o filme que você está assistindo é um requentado dos anos oitenta ou aquelas adaptações orientais que diversas vezes menciono.
Se há uma regravação que merece destaque, ela se chama Halloween e foi dirigida pelo músico Rob Zombie. Não se contentando em apenas recontar a hístoria original, atualizando brevemente seu contexto, Zombie inseriu novos elementos de sua visão pessoal sobre a saga. Resultando em um filme incrível e assustador pela profundidade psicológica do personagem Michael Myers.
Infelizmente, foi com esse conceito, e esse fervor em mente, que assisti a nova geração de Sexta Feira 13. Cometendo um lapso momentâneo de que, salvo a exceção do filme de Zombie, produções requentadas são geralmente ruins.
Cultuada por uma grande geração, adoradora de filmes nitidamente mal feitos – trash, por definição –, a regravação nada acrescenta a saga de Jason. Omitindo os eventos do primeiro filme, apenas indicados em um pequeno flashback, somos apresentados ao novo (?) Jason Voorhees.
A taxa de mortalidade continua em alta, com extrema violência. Assim como a obtusa opção da censura em não mostrar explicitamente as mortes, mas focar, em close, a nudez das atrizes siliconadas.
Mas o Jason do século XXI tem suas vantagens. Está um pouco mais ágil, brutal e – acreditem – inteligente, sabendo manipular outras armas além de seu tradicional facão. O restante, ainda permanece: gritos estridentes de mocinhas apavoradas, jovens que estão curtindo a vida e virarão paçoca a qualquer momento.
A produção fez tanto sucesso nas terras americanas que uma continuação já está nos planos. Para qual motivo, não consigo imaginar. A única vantagem é que os filmes antigos estão sendo relançados pela Paramount, em novas edições, em um box que contém até mesmo uma réplica da máscara usada pelo assassino de Crystal Lake. Cool.
Antes Que o Diabo Saiba Que Você Está Morto (Before the Devil Knows You're Dead)
Dir. Sidney Lumet
Certo escritor que não me recordo o nome – infelizmente – disse uma vez que títulos não precisam, necessariamente, se espelhar diretamente em sua obra. Servem também para enfatizar e evidenciar algo, chamando a atenção do público. Nesse caso, Antes Que o Diabo Saiba Que Você Está Morto é um perfeito chamariz de primeira classe.
A escalação do elenco para esse suspense também é tentadora: o sempre excelente Philip Seymour Hoffman no papel de Andy, um viciado em drogas e irmão mais velho de Hank (Ethan Hawke, que apresentou boa evolução em seus últimos filmes), que lhe convence a assaltar a joalheria de seus pais. Mas por um incidente – eu diria, talvez por uma mãozinha do diabo? – o plano desatina e a mãe dos irmãos é morta na ação.
Por fim, a direção de Sidney Lumet completa a iluminada lista de bom título e bons atores.
Mas a história do assalto não emplaca tão bem como sugere o denso título. Nem mesmo os competentes atores transformam películas insossas em clássicos. Coube a edição do filme, alternando diversas vezes o ponto de vista entre as personagens, agilizar a narrativa, esculpindo-a com cortes rápidos, do estilo moderno de fazer cinema. Todavia, a sensação claustrofóbica que deveria surgir em cena, não vem. E quando se vê, os créditos sobem a tela.
A escalação do elenco para esse suspense também é tentadora: o sempre excelente Philip Seymour Hoffman no papel de Andy, um viciado em drogas e irmão mais velho de Hank (Ethan Hawke, que apresentou boa evolução em seus últimos filmes), que lhe convence a assaltar a joalheria de seus pais. Mas por um incidente – eu diria, talvez por uma mãozinha do diabo? – o plano desatina e a mãe dos irmãos é morta na ação.
Por fim, a direção de Sidney Lumet completa a iluminada lista de bom título e bons atores.
Mas a história do assalto não emplaca tão bem como sugere o denso título. Nem mesmo os competentes atores transformam películas insossas em clássicos. Coube a edição do filme, alternando diversas vezes o ponto de vista entre as personagens, agilizar a narrativa, esculpindo-a com cortes rápidos, do estilo moderno de fazer cinema. Todavia, a sensação claustrofóbica que deveria surgir em cena, não vem. E quando se vê, os créditos sobem a tela.
Gritos Mortais (Dead Silence)
dir. James Wan
Dos mesmos roteiristas e diretores de Jogos Mortais, Gritos Mortais surgiu como a primeira produção pós a série de Jigsaw, com a expectativa de conquistar o mesmo sucesso dos outros filmes. Mas o fraco desempenho nos cinemas americanos anulou qualquer possível idéia de transformar a história em uma franquia.
Em Gritos Mortais a exibição violenta de mortes, vista em Jogos Mortais, entra em descanso para assistirmos a um terror mais clássico, que se utiliza de uma pequena cidade e sua história local como pano de fundo para ação e terror.
A trama começa quando o recém-casado Jamie recebe em sua casa um boneco ventríloquo sem saber o remetente. Após a morte brutal de sua esposa Lisa, Jamie decide investigar o acontecido recordando-se de uma antiga história de fantasma de sua cidade natal. Nela a ventríloqua Mary Shaw, acusada da morte de um garoto, é perseguida e morta pelos moradores locais e tem sua língua cortada. E, desde então, ela trava sua vingança matando aqueles que gritam quando a vêem.
A história está repleta de clichês do gênero, mas o roteiro tem pontos eficientes. Ver um personagem principal de uma trama de terror que não seja desprovido de perspicácia é curioso. Jamie é um personagem inteligente e, por diversas vezes, não cai nas artimanhas de Mary Shaw.
Porém, meu incomodo particular com a produção, assim como em Jogos Mortais, é o dispensável final que revela tudo em um flashback. Mostrando que, caso os espectadores não estivessem apreciando a história, ela, de fato, não foi nada disso que eles pensavam.
Não que esse argumento, muitas vezes, não seja excelente para causar um impacto e dar força a um final. Mas seu excesso de uso nos últimos anos, principalmente em produções de terror, só destroem filmes que poderiam ganhar mais pontos se não utilizassem como ultimo recurso uma reviravolta em flashback.
Em Gritos Mortais a exibição violenta de mortes, vista em Jogos Mortais, entra em descanso para assistirmos a um terror mais clássico, que se utiliza de uma pequena cidade e sua história local como pano de fundo para ação e terror.
A trama começa quando o recém-casado Jamie recebe em sua casa um boneco ventríloquo sem saber o remetente. Após a morte brutal de sua esposa Lisa, Jamie decide investigar o acontecido recordando-se de uma antiga história de fantasma de sua cidade natal. Nela a ventríloqua Mary Shaw, acusada da morte de um garoto, é perseguida e morta pelos moradores locais e tem sua língua cortada. E, desde então, ela trava sua vingança matando aqueles que gritam quando a vêem.
A história está repleta de clichês do gênero, mas o roteiro tem pontos eficientes. Ver um personagem principal de uma trama de terror que não seja desprovido de perspicácia é curioso. Jamie é um personagem inteligente e, por diversas vezes, não cai nas artimanhas de Mary Shaw.
Porém, meu incomodo particular com a produção, assim como em Jogos Mortais, é o dispensável final que revela tudo em um flashback. Mostrando que, caso os espectadores não estivessem apreciando a história, ela, de fato, não foi nada disso que eles pensavam.
Não que esse argumento, muitas vezes, não seja excelente para causar um impacto e dar força a um final. Mas seu excesso de uso nos últimos anos, principalmente em produções de terror, só destroem filmes que poderiam ganhar mais pontos se não utilizassem como ultimo recurso uma reviravolta em flashback.
Queime Depois de Ler (Burn After Reading)
Dir. Joel Coen e Ethan Coen
Após realizar a instigante e reflexiva obra Onde Os Fracos Não Tem Vez, ganhadora do Oscar de Melhor Filme e baseada no livro Onde Os Velhos Não Tem Vez de Cormac Mccarthy, os Irmãos Coen estão de volta fazendo o que sabem de melhor: um filme dos Coen.
Considerados uma das duplas com maior prestígio em Hollywood, por sua criatividade peculiar registrada em cada produção, suas histórias sempre misturam acasos e planos, fazendo da vida um jogo de erro e situações de engano.
Portanto, não poderia ser diferente com Queime Depois de Ler. Na trama, um CD contendo material confidencial escrito por um ex-analista da CIA cai nas mãos de dois funcionários de uma rede de academias. E esse é o ponto inicial para a dupla mostrar sua habilidade não só nas linhas do roteiro como na competente direção.
O roteiro da produção foi escrito enquanto os Coen rodavam Onde Os Fracos Não Tem Vez, e o elenco orgulha qualquer diretor: George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton e Brad Pitt. Alguns deles colaboradores frequentes dos irmãos.
Sempre trabalhando com tramas inteligentes, com mesclas non sense e deboche em excesso, os irmãos Coen conseguem, com primor, expor seu potencial criativo a favor de um filme coerente, apresentar personagens excêntricas e bem delimitadas e uma trama original acima de tudo. Dando um toque de originalidade no marasmo Hollywoodiano.
Capitão Sky e o Mundo de Amanhã (Sky Captain and the World of Tomorrow)
Dir. Kerry Conran
Massacrado pela crítica e ignorado pelo público, Capitão Sky e o Mundo de Amanhã foi um verdadeiro desastre. Mas a especulação sobre um filme ruim não é justificável.
Não compreendo porque se questionou, na época de sua produção, em 2004, as inovações realizadas pelo diretor e roteirista Kerry Conran. Todo o filme foi rodado utilizando um fundo azul, e, com a exceção dos atores, outros elmentos em cena foram inseridos na pós produção. Críticas diziam que a ausência de veracidade das cenas tornava o filme ridículo e minimizava a atuação do elenco.
Porém, é irônico pensarmos que, um ano depois o cineasta Robert Rodrigues utilizaria quase o mesmo processo para rodar Sin City e receberia elogios, então. Ainda mais, o que dizer de Zack Snyder que, por adaptar 300 de Esparta e lhe dar na pós produção os cenários, se tornou cultuado ganhando até a alcunha de visionário ao se arriscar a adaptar Watchmen.
Era definitivo que uma produção que utilizasse esse recurso fosse acusada de ruim e recebesse todas as críticas pelo método. Capitão Sky e o Mundo do Amanhã foi essa produção.
Sua história notoriamente não pretende ser fiel a realidade cotidiana que conhecemos. Mas sim retratar de forma fantasiosa, com um belo visual, um momento histórico preciso, acrescentando bons elementos de suspense noir e de ficção científica.
A personagem que leva o nome do filme, interpretado por Jude Law, é o capitão que salva Nova York de um ataque de aviões robôs e reecontra Polly, sua antiga namorada, jornalista, que investiga o desaparecimento de diversos cientistas no mundo todo. Quando o amigo de Sky, Dex, também é seqüestrado, ambos se unem em uma aventura para descobrir quem é o vilão por trás desses seqüestros e por trás dos ataques com robôs.
A produção nada mais é do que uma clássica homenagem aos filmes de ficção científica de décadas atrás. Com a evolução estética de se utilizar do fundo azul para gerar o cenário fantasioso que completasse a narrativa da trama.
Críticas a parte sobre a inovação arriscada de Conran, a história fantástica é divertida e possuí bons momentos. Sua primeira parte flui bem melhor do que sua conclusão, mas não justifica o massacre pelo qual passou o filme.
Como curiosidade, o vilão da produção foi o falecido ator Laurence Olivier. Utilizando imagens de arquivo do ator, Conran pode reavivá-lo para participar de sua produção. Um conceito que Bryan Singer também usaria com Marlon Brandon em Superman – O Retorno.
Em Má Compania (Bad Company)
Dir. Joel Schumacher
Foi em sua estréia, em outubro de 2000, que assisti Em Má Compania pela primeira vez. Mas desde então mantive a curiosidade em rever o filme. Para saber se, após o primeiro contato, a produção, que na época me parecia um tanto equivocada, era mesmo um desacertado incomodo.
Sem se posicionar entre um filme de ação ou se emplacar de vez como comédia, tirando assim o pouco prestígio do roteiro, a trama gira em torno de um agente da CIA, interpretado por Chris Rock, morto em uma negociação terrorista. Seu superior, na pele de Anthony Hopkins, descobre, por obra do acaso, que seu falecido agente possui um irmão gêmeo. Seu dever se torna treiná-lo em nove dias para que, simulando o irmão, ele dê continuidade na negociação terrorista.
O erro da produção é misturar um argumento muito mais calcado na comédia em um filme de ação que tenta ser sério. Sendo que isso torna-se impossível quando o excelente comediante Chis Rock – disparador de diversos impropérios em seus shows de humor – é um dos atores principais da trama.
O longa se torna extenso demais, a ação que poderia se encerrar rapidamente se prolonga, desgastando o pouco argumento e aborrecendo o telespectador. Novamente é uma das direções de Joel Schumacher em que não só seu talento está desperdiçado, como também nada se aproveita dos bons atores que estão à frente de suas lentes. Uma pena.
Suas resenhas, não me canso de dizer, estão cada dia melhores!
ResponderExcluirSó um Ps, eu não acho que o Dead Silence, Gritos mortais, valem 2 remedinhos...
Eu gostei do flash back final =P