Gosto de recomeçar. Em minha pequena produção literária, me lembro de precisamente quatro ou cinco textos a respeito de um recomeço. Gosto da sensação do novo, como um pacote esperado que chega de manhã em um dia qualquer. Tenho encanto em descrever essa sensação incomum de começar de novo.
É um ritual sagrado, sinto-me como minha personagem. Planejo uma cena que será o início de uma história, nova página para ser vivida ou borrada. Dessa forma não deixo os cadernos envelhecerem.
Se posso fazer uma estranha confissão, gosto de cadernos. Sempre compro novos após meses e carrego-os comigo até cansar. Sejam eles de bolso para pequenas anotações ou comuns.
No início faço anotações, escrevo idéias, arrisco pequenos contos, mas aos poucos deixo de lado. Na verdade, gosto da idéia de ter cadernos, possuir um papel a mão. Talvez pela visão pueril dos escritores e, por outro lado, porque idéias surgem ao acaso, em palavras, cenas, qualquer lugar.
Imagens que nos deslocam em idéias, idéias que conduzem palavras, palavras que formam frases em nossa cabeça, onde nasce o fio de uma história. E dessa mesma forma cíclica, o gosto pelo recomeço, recordo de meus primórdios, quando me auto denominei escritor.
Minha pré-história se inicia em duas crônicas escolares. Talvez ainda as tenha em velhos arquivos de computador, mas afirmo com razão que elas não possuem rigor ou riqueza em sua escrita.
Além dessas palavras primordiais, minha primeira história oficial chama-se "Monique", uma bobagem que se equipara aos livros de bolso vendidos em bancas.
Foi em 2000 que comecei a escrever, finalizando textos e entregando aos amigos, ansioso por uma leitura. Fazendo a matemática, seriam sete anos de palavras e histórias. Porém, suspiro, em minha biografia oficial considero 2002 como o ano primeiro. Até hoje algumas narrativas daquela época ainda funcionam e, se não excelentes, são boas obras de ficção.
Tive bloqueios nesses cinco anos, embora momentaneamente me esqueça dos motivos. Minha intuição afirma sem pensar que o culpado fora meu lado emotivo.
Meu último bloqueio fora o mais longo até então. Um ano produzindo textos esparsos, sem significado, na esperança de uma resposta, um caminho. Deixei que sentimentos de outros me conduzissem para um lugar onde não mais encontro, fiquei perdido em minhas palavras.
Mas aos poucos fiz um novo caminho. O que mas temi, e temo, em minha produção, é seu constante repetir: palavras iguais, mesmos simbolos e alegorias. Repetir sempre me incomodou, fora ele que me fizera parar a procura de uma resposta celestial.
Como escriturário estou feliz com o recomeço. Aos poucos encontro uma nova maneira de compor, sem o sabor viciado de velharias. Amadureci, e não nego o quanto o progresso me satisfaz.
Por isso me apraz o recomeço, uma sala vazia a espera de móveis. O novo é a idéia de que tudo pode ser diferente, a potência das possibilidades provoca excitação. E falando em literatura, um papel em branco pode ser tudo, menos continuar miseravelmente nú como nasceu.
É um ritual sagrado, sinto-me como minha personagem. Planejo uma cena que será o início de uma história, nova página para ser vivida ou borrada. Dessa forma não deixo os cadernos envelhecerem.
Se posso fazer uma estranha confissão, gosto de cadernos. Sempre compro novos após meses e carrego-os comigo até cansar. Sejam eles de bolso para pequenas anotações ou comuns.
No início faço anotações, escrevo idéias, arrisco pequenos contos, mas aos poucos deixo de lado. Na verdade, gosto da idéia de ter cadernos, possuir um papel a mão. Talvez pela visão pueril dos escritores e, por outro lado, porque idéias surgem ao acaso, em palavras, cenas, qualquer lugar.
Imagens que nos deslocam em idéias, idéias que conduzem palavras, palavras que formam frases em nossa cabeça, onde nasce o fio de uma história. E dessa mesma forma cíclica, o gosto pelo recomeço, recordo de meus primórdios, quando me auto denominei escritor.
Minha pré-história se inicia em duas crônicas escolares. Talvez ainda as tenha em velhos arquivos de computador, mas afirmo com razão que elas não possuem rigor ou riqueza em sua escrita.
Além dessas palavras primordiais, minha primeira história oficial chama-se "Monique", uma bobagem que se equipara aos livros de bolso vendidos em bancas.
Foi em 2000 que comecei a escrever, finalizando textos e entregando aos amigos, ansioso por uma leitura. Fazendo a matemática, seriam sete anos de palavras e histórias. Porém, suspiro, em minha biografia oficial considero 2002 como o ano primeiro. Até hoje algumas narrativas daquela época ainda funcionam e, se não excelentes, são boas obras de ficção.
Tive bloqueios nesses cinco anos, embora momentaneamente me esqueça dos motivos. Minha intuição afirma sem pensar que o culpado fora meu lado emotivo.
Meu último bloqueio fora o mais longo até então. Um ano produzindo textos esparsos, sem significado, na esperança de uma resposta, um caminho. Deixei que sentimentos de outros me conduzissem para um lugar onde não mais encontro, fiquei perdido em minhas palavras.
Mas aos poucos fiz um novo caminho. O que mas temi, e temo, em minha produção, é seu constante repetir: palavras iguais, mesmos simbolos e alegorias. Repetir sempre me incomodou, fora ele que me fizera parar a procura de uma resposta celestial.
Como escriturário estou feliz com o recomeço. Aos poucos encontro uma nova maneira de compor, sem o sabor viciado de velharias. Amadureci, e não nego o quanto o progresso me satisfaz.
Por isso me apraz o recomeço, uma sala vazia a espera de móveis. O novo é a idéia de que tudo pode ser diferente, a potência das possibilidades provoca excitação. E falando em literatura, um papel em branco pode ser tudo, menos continuar miseravelmente nú como nasceu.
Araraquara, terça-feira, 14 de Agosto de 2007.
Como único leitor desse blog, posso dizer...Monique é uma pérola!!!
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