Com o fim de 2009, fecho a semana hoje mesmo, para fechar um ciclo. Semana que vem a Semana em Filmes ficará estendida por conta disso.
Preparei um especial de 10 filmes para rever que sei que ganharão nota máxima. Os 10 de 2010, portanto, aguardem por dez resenhas especiais de dez grandes produções de diversos gêneros.
Até lá, aguardem a lista de todos os filmes assistidos em 2009, bem como os melhores e piores do ano.
Feliz Ano Novo a Todos.
Lua Nova (New Moon)
Dir. Chris Weitz
Não é necessário confirmar que a continuação da história Crepúsculo mantém os mesmos moldes do primeiro. Dessa vez, o vampiro que pretende ser galã, Edward Cullen, e sua família vão embora da pequena Forks, após um pequeno acidente envolvendo Isabela Swan, sua amada, e seus parentes dentuços.
Assim, boa parte da trama passa sem que muita ação aconteça. No tempo em que a garota Bela, permanece em uma eterna depressão esperando que o vampiro volte aos seus braços.
Se há um elemento que merece um ponto positivo é o lobisomem, Jacob Black. Sua personagem é muito mais carismática do que o vampiro, e funciona bem melhor do com a garota. Porém, tais elementos parecem mais verossímeis no livro que inspirou a trama. Já que se torna bizarro, e gera um leve apelo erótico, um personagem forte, repleto de músculos, que está sem camisa o tempo todo e ainda acha isso normal.
Estranho mesmo são os vampiros. É necessário tanta apatia para interpretar vampiros ou Robert Pattinson não tem talento algum? Se sua personagem já é rasa, sua interpretação conduz ainda mais para isso. Ainda mais com a tal atitude final que ocorre nessa trama.
Até mesmo bons atores como Michael Sheen, de Frost / Nixon e A Rainha está patético como o vampiro Aro, um dos chefes do poderoso clã Volturi. Sua peruca alisada e seus olhos avermelhados destroem qualquer possibilidade de temer aquele vampiro sem rir. De fato, os tais vampiros da saga só parecem amedontradores dentro de seu próprio universo. Dando-nos a impressão de que, qualquer ator que interprete um vampiro, acaba caindo naquele clichê de um personagem com movimentos sutis e leves e acaba entregando uma interpretação de manequim.
Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas (Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas)
Dir. José Alvarenga Jr.
Desde sua terceira temporada, a série Os Normais já apresentava sinais de cansaço. Os bons temas utilizados nas duas primeiras, foram cedendo espaço para cada vez mais apelo sexuais e história que abusavam desse fundo.
Foi assim, também, com o primeiro filme da série, que contava o primeiro encontro de Ruy e Vani, e é assim nesta segunda produção. Noivos a treze anos, Ruy e Vani pretendem apimentar sua relação, como uma maneira de reacender a chama. Resolvem fazer um ménage a trois para resolver seus problemas.
Assim, o casal passa todo o tempo curto do filme atrás de alguém para realizar tão ato e, como é costume, vão se metendo em confusões. Mas as piadas de duplo sentido que antes eram bem afiadas, estão fracas e o apelo erótico continua sendo alto, ainda mais no cinema onde a censura aos palavrões acaba sendo liberado.
É inevitável que anos como as personagens, Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres possuam um bom timming, mas precisam urgentemente de um roteiro melhor, mais elaborado, para poderem mostrar, de fato, seu talento. E não ficarem presos a piadas de segunda categoria cantando canções antigas em karaokês.