segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Semana Em Filmes: (06 a 12 de Dezembro)

O Amor Pede Passagem (Management)

Dir. Stephen Belber


Ainda que tal argumento seja polêmico para os fanáticos, muitos consideravam a atriz Jennifer Aniston como a mais insossa do sexteto de F.R.I.E.N.D.S. Porém, desses fatos curiosos, foi ela a primeira a se dar bem no cinema e, as vezes, conseguir produções de destaque. Ultimamente a atriz mantêm-se no mesmo papel romântico de sempre, raras vezes entregando uma interpretação um pouco diferente.
O Amor Pede Passagem é, justamente, uma dessas produções que beiram o patamar da inadequação por conta de sua trama comum. Nela, Aniston é uma vendedora que, em uma viagem, para em um hotel de beira de estrada em que o pacato Steve Zahn é um gerente noturno. Como a vida na cidade é zero, o rapaz logo se interessa pela moça e ela, em um primeiro contato, deixa-o passar a mão em seu traseiro. Sim, com direito a empina-lo e aguardar pelo toque.
Esse belo início é o arranque para que o rapaz ache que Aniston é a mulher de sua vida e vai até sua cidade natal at
rás dela. A produção tem reviravoltas bobas do gênero como um ex-namorado que volta a namorar a mocinha – um Woody Harrelson que deve estar necessitado de uns trocados.
A comédia romântica não emplaca em momento algum. O único sentimento possível de retirar dessa produção é um suspiro aliviado quando os créditos começam a subir. Uma hora e meia que duram muito.




Contos do Dia Das Bruxas (Trick r Treat)

Dir. Michael Dougherty


Em meio a tanta pretensão em assustar, com produções cada vez mais mirabolantes, é um alívio encontrar um filme despretensioso que abusa da narrativa oitentista do gênero para agradar.
Enunciado já pelo título, Conto dos Dias das Bruxas passa-se no famoso Halloween americano e, numa mesma cidade como pano de fundo, apresenta quatro historietas bem ao estilo clássico. Abusando da mística do dia, traz a tona meninas inocentes, crianças que se arriscam na noite, vizinhos que parecem não ser o que são.
As histórias são bem amparadas pelos clichês, e são longe de assustas. Mas sua coesão e consistência é bem elevada, garantindo, ao menos uma boa diversão.
Evidente que a produção é, propositadamente, formatada para soar como um longa antigo, desses que vemos na televisão e guardamos na memória pelas cenas mais patéticas ou absurdas.
Para alguém como eu, que sempre gosta de acompanhar as produções de terror, e está cansado de clichês mal feitos e produções com roteiros rocambolescos, Conto dos Dias das Bruxas é apenas um filme de terror simples, e sendo assim, faz bem seu trabalho: diverte.




O Assassino do Alfabeto (The Alphabet Killer)

Dir. Rob Schmidt



Com grande pretensão e contornos de seriedade, O Assassino do Alfabeto tenta, sem sucesso, consagrar uma produção cujo mote é o fascínio pelos assassinatos baseados em fatos reais.
A produção é estrelada pela bonitinha e muito ordinária Eliza Dushku, que também produz o filme, nos fazendo imaginar que a própria atriz tenta partir para um lado sério da carreira mas sem conseguir.
Ela interpreta a detetive Megan Paige, encarregada do caso até ficar tão obcecada por ele, ao ponto de sofrer de alucinações e se matar. Assim, sua personagem fica dividida entre a loucura que o caso gera em si com a vontade de buscar o verdadeiro assassino.
Por causa de um roteiro mal elaborado, o enredo acaba por aprofundar mais a loucura da detetive do que dar a atenção devida aos assassinatos, deixando-os como mero detalhes. A interpretação de Dushku para sua detetive séria não poderia ser mais fracassada. É repleta de maneirismo e de um senso comum que se encaixa com o resto da produção.
É bem provável que daqui há alguns anos seja alarmado como grande estréia em um canal aberto, mas esqueçam, é bobagem.




Eu Te Amo, Cara (I Love You, Man)

Dir. John Hamburg


Sob o aspecto social e antropológico, um homem quando se relaciona tem a tendência natural a se afastar um pouco dos amigos, ainda que esse movimento não seja muito sadio. Muitos costumam se dedicar completamente as suas esposas, ao ponto de, prestes ao casamento, concluir que nem mesmo tem um amigo daqueles que mal se vê para convida-lo para ser seu padrinho.
É assim que começa a busca de Peter Klaven por um amigo: como um homem que procura uma alma gêmea. Marca encontros com desconhecidos, apela para sites de relacionamentos, e, por acaso, acaba simpatizando com um rapaz que vai a uma exibição para vender a casa de um famoso, apenas para comer os quitutes que a apresentação possui.
A trama, que parecia ser muito engraçada em seu trailer, não funciona tão bem quando exibida integralmente. As poucas piadas que existem no longa, não emplacam tanto e há a sensação de que falta algo, ou muito, para que a produção se torne uma boa comédia do gênero.
O ator Paul Rudd, que interpreta a personagem principal, parece aquém de suas interpretações que foram destaque em O Virgem de 40 Anos e na sua passagem pela série Friends.
Até mesmo aqueles elementos tradicionais desse tipo de comédia, algumas situações bizarras, não são assim tão inspiradas. Tirando um fato cool da personagem e do amigo serem fãs do Rush, e com isso irem ao show da banda em uma aparição relâmpago dos mesmos, fica devendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário