Diretor: David Yates
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Ralph Fiennes, Alan Rickman, Bonnie Wright, Tom Felton.
Não há escapatória. A crescente batalha que transformou a vida de Harry Potter atingiu a iminência. Com a morte de um dos maiores bruxos de todos os tempos, perdendo, assim, seu apoio mais poderoso, chegou o inevitável momento do garoto reencontrar e duelar com seu algoz.
Sabiamente, a trama do livro Harry Potter e as Relíquias da Morte é apresentada em duas produções. Mesmo que se questione a maior quantidade de lucro por trás dessa cisão, a divisão foi fundamental para evitar o erro das produções anteriores que aceleram em demasia a história pela metragem de duas horas.
A trama inicia-se em clima tenso, favorecido pela fotografia escura que permeará toda a primeira parte como explicitação da sensação interna de cada um, cientes da potência do mal. Escoltado por membros da Ordem de Fênix que tentam protege-lo, Harry Potter sabe que qualquer um ao seu redor pode ser vítima de um atentado. Decidindo, ao lado de seus amigos, realizar uma jornada a procura das Horcruxes restantes e de uma maneira de destruir, em definitivo, o lorde Voldermort.
É interessante observarmos que, ao matar uma de suas personagens mais poderosas, Rowling concentrou no aprendiz a força para realizar sua tarefa, mesmo quando o bruxo não se sente capaz. Dumbledore foi um mestre que, após ensinar, saiu de cena com a esperança que o aprendiz desse seus próprio passos.
Cada descoberta do trio é realizada com esforço. Sem nenhum novo artifício que seja solução fácil. As personagens trabalham com tudo que foi apresentado ao público até aqui. Poções que mudam a aparência, feitiços, objetos mágicos conhecidos, deixando de lado a possibilidade de apelar-se para uma novidade que salve a todos.
A história avança lentamente e conduz com desespero a busca do trio para destruir as partes da alma de Voldermort. Sem dúvida, Dumbledore tinha um plano, mas confiou na astucio dos bruxos para que achem as peças que faltam. O equilíbrio que possuem, muito pelas diferenças entre si, amplia o impulso para encontrar soluções.
A primeira parte de Relíquias da Morte é bem formada tanto em unidade como filme quanto em seu papel condutor para o final da saga. Realiza com competência sua parcela da história, apresenta tensão e drama e fecha um segmento do ato final com eficiência. Fazendo o público prever que, a partir daqui, tudo será guerra.
No ambiente caótico e desesperador dentro da trama, há ainda menos espaço para respiros de descanso. Que se apresentam em riso na tensão entre Hermione e Rony, brigados, e na bela cena em que, tentando fazer Hermione sorrir, Harry convida-a para dançar, escondidos de mercenários no meio de uma floresta
Como toque especial, a história dentro da história que apresenta a origem das Relíquias da Morte é uma animação belíssima que não só explica em narrativa fabular a importância de tais artefatos como costura com precisão outros elementos que a autora apresentou durante sua saga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário