Teamwork (06x08)
Data de exibição: 16/11/09
O Que Dr. House Diria?
"Melhor trair com uma proveta e uma ressonância do que com uma de suas pacientes loiras de cirurgia plástica."
"Enquanto você celebra a humanidade deles, prefiro resolver esses enigmas e salvar suas vidas."
"Tem ideia de onde eu possa conseguir uma grande faixa de "Missão Cumprida"?"
ATENÇÃO: PARA MELHOR ANÁLISE DO EPISÓDIO, ALGUMAS PARTES DO ENREDO SERÃO CONTADAS DURANTE O TEXTO (OS CONHECIDOS SPOILERS). PORTANTO PARA SUA SEGURANÇA, SE NÃO QUISER SABER NADA A RESPEITO, PARE DE LER O TEXTO AGORA. MAS RETORNE APÓS TER ASSISTIDO O EPISÓDIO, POR FAVOR.
Bastante movimentado e muito bem dosado entre caso e desenvolvimento de suas personagens, como costumava ser as primeiras temporadas da série, Teamwork é um dos pontos chave dessa temporada.
Aparentemente perdoado por Cameron, Chase decide, com a esposa, abandonar seus cargos e o hospital, com o intuito de ter uma vida nova. Já que, na visão de Cameron, o amor é capaz de sobreviver a diversos problemas que surgem com a vida.
Esse processo faz com que House, imediatamente, vá atrás dos antigos membros de sua equipe que se despediram e, ora passando-os os sintomas logo quando os vê, ora mostrando-os o quanto trabalhar na equipe era um dos grandes desafios para os médicos, aos poucos, manipula Taub e Thirteen para que eles retornem a equipe, agora somente, oficialmente, com Foreman.
House além de um bom manipulador, sabendo jogar a isca no momento certo para reconquistar seus colegas de equipe, é observador perspicaz para deduzir o motivo que Cameron e Chase estão saindo do Hospital.
Para a médica, a falta de escrúpulos de House acabaram por corromper Chase, deixando Gregory o responsável real pela morte de Dibala. Nesse aspecto, devemos considerar dois fatos.
Como mencionado na análise do episódio anterior, sempre considei Chase a personagem mais próxima de House. Um excelente médico, arrogante, e aparentemente sem escrúpulos para executar diversos procedimentos durante os diversos episódios que acompanhados. Porém, a maneira como a morte de Dibala o devastou abria margem para a sugestão de que meu pensamento era um erro. Chase era apenas um médico que, como Foreman, gostaria de ser como House, mas não teria ausência de moral e afins para tal.
Após o episódio dessa semana, é possível imaginarmos que não foi a morte em si que incomodou Chase. Já que o mesmo revela para a esposa que faria de novo, se possível. Mas sim o peso e o medo da reação de Cameron era o que mais causava pânico em seu cerne.
Com a história contada para a esposa, e um aparente perdão de sua parte, o alívio de Chase é evidente. Seu embate era em revelar que foi um assassino para a esposa, não que matou um paciente. Pois, em sua moral, matar um ditador é mais correto do que deixa-lo vivo. E que o relacionamento dos dois, não deveria impedi-lo de continuar na equipe.
Assim, diante do perdão rápido de Cameron, House manipula e ao mesmo tempo expõe sua teoria sobre Allison. Que desencadeia todos os acontecimentos do episódio e acabam por revelar que, por mais que Cameron tenha saído da equipe por causa de Chase, para estar longe de House, nada a modificou de fato.
Cameron continuou a mesma desde o primeiro ano. A mulher que, não só acredita que as pessoas podem mudar, mas que imagina ela mesma pode ajudar a modificar tal pessoa. Como mulher que deseja adentrar no mundo particular daquele que gosta e tentar transformá-lo. Esse aspecto é levantado por House desde o ínicio, no episódio Love Hurts, da primeira temporada quando ela declara seu amor por ele. House, em sua rudeza, diz que Cameron não ama pessoas e sim as vê como pessoas feridas e prontas para ser curadas, que seu prazer é de cuidar de pequenos cachorrinhos indefesos, como fez com seu primeiro marido.
O fato é que as pessoas só mudam, contrariando a máxima de House, quando querem. E Foreman foi um exemplo disso na quarta temporada quando retornou ao Hospital Plainsboro disposto a trabalhar com House, mas sem quebrar as regras de maneira exagerada como faz o médico. Essa ação, rendeu até uma boa cena que, ao som de “We Are Gonna Be Friends” do White Stripes, House afirma que Foreman mudou de fato e, assim, tornou-se uma aberração.
Porém, fiel aos seus conceitos, Cameron abre seu coração e entrega para a série uma das cenas mais tocantes já exibidas. Expondo sua crença de que poderia mudar duas pessoas que, de certa maneira, nunca irão mudar seu estilo - lembre-se, as pessoas só mudam quando querem – cai aos pranto na frente do médico mais ferido sentimentalmente, porém mais frio.
E em um belo gesto, repleto de tensão, beija Gregory no rosto. Novamente a cena final do episódio, como o anterior é excepcional. Filmada em close, mostrando tanto a reação de Cameron, como a expressão de House, com um breve olhar para cima, como alguém que se controla ao máximo para não pega-la nos braços. Cameron sai de cena acompanhada pelos olhos do médico e além do espaço que deixa na trama, cria uma lacuna para o público que tanto gosta dessa personagem.
O episódio encerra-se com um jogo de imagens definitivas. A nova formação da equipe, agora definida por Chase, Taub e Thirteen, manipulados por House para ficar; Foreman observando Thirteen no quarto com a paciente, dando-nos a entender que, embora tenha negado a ela que a ama, evidentemente ainda nutre sentimentos por ela; a despedida de Cameron; e o casal Cuddy e Lucas saindo do Hospital, observados por Gregory. Ironicamente a única pessoa que o médico gostaria de exercer algum poder é aquela que ele não pode ter e que está agora nos braços de seu detetive particular.
Aparentemente perdoado por Cameron, Chase decide, com a esposa, abandonar seus cargos e o hospital, com o intuito de ter uma vida nova. Já que, na visão de Cameron, o amor é capaz de sobreviver a diversos problemas que surgem com a vida.
Esse processo faz com que House, imediatamente, vá atrás dos antigos membros de sua equipe que se despediram e, ora passando-os os sintomas logo quando os vê, ora mostrando-os o quanto trabalhar na equipe era um dos grandes desafios para os médicos, aos poucos, manipula Taub e Thirteen para que eles retornem a equipe, agora somente, oficialmente, com Foreman.
House além de um bom manipulador, sabendo jogar a isca no momento certo para reconquistar seus colegas de equipe, é observador perspicaz para deduzir o motivo que Cameron e Chase estão saindo do Hospital.
Para a médica, a falta de escrúpulos de House acabaram por corromper Chase, deixando Gregory o responsável real pela morte de Dibala. Nesse aspecto, devemos considerar dois fatos.
Como mencionado na análise do episódio anterior, sempre considei Chase a personagem mais próxima de House. Um excelente médico, arrogante, e aparentemente sem escrúpulos para executar diversos procedimentos durante os diversos episódios que acompanhados. Porém, a maneira como a morte de Dibala o devastou abria margem para a sugestão de que meu pensamento era um erro. Chase era apenas um médico que, como Foreman, gostaria de ser como House, mas não teria ausência de moral e afins para tal.
Após o episódio dessa semana, é possível imaginarmos que não foi a morte em si que incomodou Chase. Já que o mesmo revela para a esposa que faria de novo, se possível. Mas sim o peso e o medo da reação de Cameron era o que mais causava pânico em seu cerne.
Com a história contada para a esposa, e um aparente perdão de sua parte, o alívio de Chase é evidente. Seu embate era em revelar que foi um assassino para a esposa, não que matou um paciente. Pois, em sua moral, matar um ditador é mais correto do que deixa-lo vivo. E que o relacionamento dos dois, não deveria impedi-lo de continuar na equipe.
Assim, diante do perdão rápido de Cameron, House manipula e ao mesmo tempo expõe sua teoria sobre Allison. Que desencadeia todos os acontecimentos do episódio e acabam por revelar que, por mais que Cameron tenha saído da equipe por causa de Chase, para estar longe de House, nada a modificou de fato.
Cameron continuou a mesma desde o primeiro ano. A mulher que, não só acredita que as pessoas podem mudar, mas que imagina ela mesma pode ajudar a modificar tal pessoa. Como mulher que deseja adentrar no mundo particular daquele que gosta e tentar transformá-lo. Esse aspecto é levantado por House desde o ínicio, no episódio Love Hurts, da primeira temporada quando ela declara seu amor por ele. House, em sua rudeza, diz que Cameron não ama pessoas e sim as vê como pessoas feridas e prontas para ser curadas, que seu prazer é de cuidar de pequenos cachorrinhos indefesos, como fez com seu primeiro marido.
O fato é que as pessoas só mudam, contrariando a máxima de House, quando querem. E Foreman foi um exemplo disso na quarta temporada quando retornou ao Hospital Plainsboro disposto a trabalhar com House, mas sem quebrar as regras de maneira exagerada como faz o médico. Essa ação, rendeu até uma boa cena que, ao som de “We Are Gonna Be Friends” do White Stripes, House afirma que Foreman mudou de fato e, assim, tornou-se uma aberração.
Porém, fiel aos seus conceitos, Cameron abre seu coração e entrega para a série uma das cenas mais tocantes já exibidas. Expondo sua crença de que poderia mudar duas pessoas que, de certa maneira, nunca irão mudar seu estilo - lembre-se, as pessoas só mudam quando querem – cai aos pranto na frente do médico mais ferido sentimentalmente, porém mais frio.
E em um belo gesto, repleto de tensão, beija Gregory no rosto. Novamente a cena final do episódio, como o anterior é excepcional. Filmada em close, mostrando tanto a reação de Cameron, como a expressão de House, com um breve olhar para cima, como alguém que se controla ao máximo para não pega-la nos braços. Cameron sai de cena acompanhada pelos olhos do médico e além do espaço que deixa na trama, cria uma lacuna para o público que tanto gosta dessa personagem.
O episódio encerra-se com um jogo de imagens definitivas. A nova formação da equipe, agora definida por Chase, Taub e Thirteen, manipulados por House para ficar; Foreman observando Thirteen no quarto com a paciente, dando-nos a entender que, embora tenha negado a ela que a ama, evidentemente ainda nutre sentimentos por ela; a despedida de Cameron; e o casal Cuddy e Lucas saindo do Hospital, observados por Gregory. Ironicamente a única pessoa que o médico gostaria de exercer algum poder é aquela que ele não pode ter e que está agora nos braços de seu detetive particular.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigo, o nome do episódio é TEAMWORK ("trabalho em equipe"). O que tem mais a ver com o enredo do mesmo do que "Teenwork", certo?
ResponderExcluirAhahaah
ResponderExcluirChris. É isso mesmo.
Eu fiz a postagem tão rápido porque estava atrasado e nem me toquei disso. Estou escrevendo pelo jeito que costumamos pronunciar. ahahaah
Nossa.
Está arrumado e muuuuito obrigado.