sexta-feira, 9 de outubro de 2009

[Resenha] House M.D., 6a temporada (06x04, The Tyrant)




The Tyrant (06x04)

Data de exibição: 12/10/09

O Que Dr. House Diria?





ATENÇÃO: PARA MELHOR ANÁLISE DO EPISÓDIO, ALGUMAS PARTES DO ENREDO SERÃO CONTADAS DURANTE O TEXTO (OS CONHECIDOS SPOILERS). PORTANTO PARA SUA SEGURANÇA, SE NÃO QUISER SABER NADA A RESPEITO, PARE DE LER O TEXTO AGORA. MAS RETORNE APÓS TER ASSISTIDO O EPISÓDIO, POR FAVOR.


Depois de dois episódios cuja atenção era voltada para continuar a história de suas personagens principais, The Tyrant é um episódio menor, agindo como um ponto de ligação entre grandes eventos apontados anteriormente e futuras histórias que podem ser definitivas.

Episódios de ligação são naturais na cadência de uma temporada, e sempre equilibram-se entre uma atenção maior para a segunda história enquanto a linha temporal das personagem é pouco evoluída.

Por isso a escolha para um ditador tirano de um país africano é bem acertada. Traz polemica e carga dramática suficiente por si só e gera conflitos entre as crenças das personagens principais.

Ainda que extra-oficialmente, é o primeiro caso de Gregory House de volta ao Hospital Plainsboro. Seguindo as recomendações e descobertas feitas em terapia de que diagnosticar seria o melhor remédio para manter sua cabeça no lugar. Sem devaneios, nem Vicodin.

Foreman continua como chefe do departamento, agora vazio por sua ambição. O espaço é propicio para convidar Cameron e Chase a preencherem, temporariamente, as vagas. E um movimento muito bem vindo para aqueles que, desde a quarta temporada, aguardavam a reunião da antiga equipe.

Se estabilidade era o que Foreman esperava ao ser chefe, sua certeza se destrói com a volta antecidapada de House. Foreman sabe que perderá sua posição no departamento, como tem consciência que lutou uma batalha em vão. Porém, quem sabe a volta de Gregory não traga de volta sua audácia que está ausente há certo tempo. Justamente por tentar demonstrar um controle e certa genialidade que não tem.

Enquanto House continua demonstrando seu domínio de estar um passo a frente de sua equipe. Mesmo mudado, sua personalidade continua a mesma. Faz de Foreman seu objeto preferido de deboche, Cameron como seu objeto sexual e trata Chase com leve indiferença. O que rende uma das melhores cenas do episódio em que, dizendo respeitar a autoridade de Foreman, fica de boca fechada e, com mímicas, guia sua equipe para o possível diagnóstico. Uma bela cena cômica.

A mesma personalidade constante somada a sua apurada observação que gera a tensão com o vizinho que mora no andar de baixo. Tensão resolvida a sua maneira, estrondosa e exagerada, porém certeira. Apoiando-se em sua confiança, o médico apura as palavras do vizinho e não só resolve a dor de seu braço, como soma mais um para seu ego gigantesco de acertos.

No Hospital, a morte do ditador levanta dúvidas e é confirmada por Chase como proposital e ocasionada por ele. Eis no final do episódio de ligação o conflito importante que pode reperticutir. O nó, não só levanta dúvida quanto ao que realmente aconteceu de fato, como questiona a idoneidade dos médicos, que mesmo tratando a pior escória não podem escolher matar.

A seqüência imediata dessa ação será apresentada no próximo episódio. Portanto, tenho que deixar essa questão como inconclusiva para o próximo texto. A resposta para o fim abrupto é simples. Quero evitar fazer suposições do que aconteceu e, honestamente, se Chase, de fato, matou o ditador, essa ação rompe com certa linearidade de sua personagem, que sempre pareceu não se preocupar com a índole dos pacientes. O que despertaria duas questões: talvez há algo encoberto que descobriremos no próximo episódio, seja o que aconteceu de fato ou um ponto no passado de Chase culminando nesse assassinato que, como evidencia Foreman, não passará desapercebido.






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