quarta-feira, 26 de agosto de 2009

The Big Bang Theory, Primeira Temporada


A inteligência é a nova beleza

Não é de hoje que a conhecida cultura nerd é referência nos cinemas ou na televisão. Normalmente encontra-se centrada em um personagem, sempre bem representado, que ganha destaque – e risos – por ser travestido com os clichês do gênero: óculos, extrema devoção a mitologias e séries clássicas, dotado de um vocabulário próprio e com um leve deslocamento geral de sua turma.

É com esse elemento conhecido que Chuck Lorre, o responsável por Two and a Half Man e, por conseqüência, aquele que mantem ainda ativa a comédia de situação nas séries americanas, apresentou há dois anos atrás a série The Big Bang Theory, que também possui uma tradução no Brasil, como Big Bang – A Teoria, mas que não pegou.

Falar sobre o universo nerd causa um difícil problema, pois a definição daquilo que é nerd ainda é uma resposta arenosa. Assim, mantemos a análise com base na definição da Wikipedia a respeito: “Nerd é um termo que descreve, de forma estereotipada, muitas vezes com conotação depreciativa, uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais, que são consideradas inadequadas para a sua idade, em detrimento de outras atividades mais populares. Por essa razão, um nerd é muitas vezes excluído de atividades físicas e considerado um solitário pelos seus pares. Pode descrever uma pessoa que tenha dificuldades de integração social e seja atrapalhada, mas que nutre grande fascínio por conhecimento ou tecnologia”.

É nesse universo que encontra-se quatro amigos que, além de possuem gostos em comum por gibis, videogames e computadores, são estudante de física e possuem mestrado e doutorado. Em outras palavras, são nerds por completo.

Sem causar agressão contra a cultura nerd, ainda mantendo-se em uma maneira caricatural, a série tem em seus quatro personagens facetas bem diferentes entre si. Desde o brilhante Sheldon, extremamente analítico, não compreendendo as relações humanas, até Leonard, seu melhor amigo, companheiro de apartamento que é apaixonado por sua vizinha, Penny.

A primeira temporada da série sai-se melhor do que a de Two And a Half Man. Em poucos episódios as personagens são bem definidas, dando espaço para as situações absurdas e o humor discorrer entre elas.

Sem sombra de dúvida, o elenco é também responsável pela cadencia da série. Ainda que todos estejam muito bem interpretando seus papéis, sem dúvida o destaque vai para o ator Jim Parsons, interprete do metódico Sheldon Cooper. Sua personagem é responsável por grande partes dos momentos engraçados da série e o ator concorre esse ano ao Emmy, merecidamente, por esse papel.

Por conta da greve de roteiristas que gerou problemas na indústria há dois anos, a primeira temporada possui apenas 17 episódios. O que não é ruim, já que manteve uma integridade maior para uma primeira temporada lhe dando uma incrível temporada inicial.


Um comentário:

  1. To assistindo a segunda agora (meu primo me mandou o resto)... puxa, eu achei que eles acertaram o tom de vez agora.. tá muito engraçado...

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