Dir. Daniel Filho
As vezes, imagino que as incursões de Daniel Filho ao cinema nacional são apenas para causar desgosto no telespectador. Antigamente, minha impressão era de que sempre o diretor fora realizador de filmes médios, mas sua carreira na tela grande é um tanto quanto nova e ainda ineficiente.
Ainda que não se deva culpar o pobre diretor por mais um filme estragado em sua filmografia, o roteiro desta obra é de Alexandre Machado e Fernanda Young que só acertaram uma vez, de fato, ao realizarem a série Os Normais, na Globo. Porém, é inevitável que as tochas e tomates se concentrem no diretor da obra.
O principal problema estrutural de Muito Gelo e Dois Dedos D´Agua é que sua trama situa-se no limite do plausível e, aos poucos, toca o absurdo. Apontando que na falta de um roteiro inteligente, optou-se pelo efeito conhecido como “bola de neve”, onde as situações vão se acumulando e acumulando, até saírem do controle, até mesmo dos produtores do filme.
A trama exagerada conta a história de duas irmãs que decidem se vingar da avó castradora e, para tal, seqüestram a velhinha e vão até a casa de veraneio da família torturar a pobre coitada, interpretada por Laura Cardoso que, infelizmente, não pode mostrar todo o vasto talento que possui em cena.
No fundo, a produção é mais um filme brasileiro em que nudez desnecessárias, e também mais um comercial escancarado da Goodyear, são um detalhe de um roteiro mal elaborado. A trama tenciona ser comédia e, de fato, existem alguns momentos cômicos que se contam nas mãos. Mas é mais fraco que whisky com muito gelo e dois dedos d´agua.
Casa da Mãe Joana (Casa da Mãe Joana)
Dir. Hugo Carvana
É um fato incontestável. A ausência de bons roteiros no mercado brasileiro resulta em filmes ruins. É uma formula básica. Não importa bons atores e uma boa direção se não existe um caminho para que eles sigam. E muitos filmes nos passam a sensação de estarem tão ao vento, que chegamos a acreditar que qualquer roteiro foi escolhido para a trama, sem receber nenhuma correção, nenhum tratamento, nada.
Prova disso é A Casa da Mãe Joana, visto em seguida ao filme de Daniel Filho. Impressiona que um grupo de atores de alto calibre como Paulo Betti, Jose Wylker, Pedro Cardoso e Antônio Pedro – só para mencionar os principais – tenham cometido a audácia de realizar esse filme que parece que nunca sai do lugar.
Se apenas o roteiro dessa vez fosse o problema mas, novamente, o cinema brasileiro apela para nudez desnecessária, dessa vez nos corpos curvilíneos de Fernanda Freitas e Juliana Paes.
Uma produção que poderia ser uma boa comédia, resulta em um desastre completo. Mesmo que o elenco principal esteja muito bem integrado e se esforçando ao máximo para ser engraçado.
Curiosamente, é o segundo filme em que Laura Cardoso aparece e, novamente, a excelente atriz é subaproveitada. Nitidamente comprovando o desperdício que roteiristas e diretores cometem, apenas porque, talvez, a atriz seja idosa demais (Por isso mesmo sempre interpretando a avó, uma idosa louca, ou algo do gênero).
Infelizmente, temos apenas que nos lamentar.
Ainda que não se deva culpar o pobre diretor por mais um filme estragado em sua filmografia, o roteiro desta obra é de Alexandre Machado e Fernanda Young que só acertaram uma vez, de fato, ao realizarem a série Os Normais, na Globo. Porém, é inevitável que as tochas e tomates se concentrem no diretor da obra.
O principal problema estrutural de Muito Gelo e Dois Dedos D´Agua é que sua trama situa-se no limite do plausível e, aos poucos, toca o absurdo. Apontando que na falta de um roteiro inteligente, optou-se pelo efeito conhecido como “bola de neve”, onde as situações vão se acumulando e acumulando, até saírem do controle, até mesmo dos produtores do filme.
A trama exagerada conta a história de duas irmãs que decidem se vingar da avó castradora e, para tal, seqüestram a velhinha e vão até a casa de veraneio da família torturar a pobre coitada, interpretada por Laura Cardoso que, infelizmente, não pode mostrar todo o vasto talento que possui em cena.
No fundo, a produção é mais um filme brasileiro em que nudez desnecessárias, e também mais um comercial escancarado da Goodyear, são um detalhe de um roteiro mal elaborado. A trama tenciona ser comédia e, de fato, existem alguns momentos cômicos que se contam nas mãos. Mas é mais fraco que whisky com muito gelo e dois dedos d´agua.
Casa da Mãe Joana (Casa da Mãe Joana)
Dir. Hugo Carvana
É um fato incontestável. A ausência de bons roteiros no mercado brasileiro resulta em filmes ruins. É uma formula básica. Não importa bons atores e uma boa direção se não existe um caminho para que eles sigam. E muitos filmes nos passam a sensação de estarem tão ao vento, que chegamos a acreditar que qualquer roteiro foi escolhido para a trama, sem receber nenhuma correção, nenhum tratamento, nada.
Prova disso é A Casa da Mãe Joana, visto em seguida ao filme de Daniel Filho. Impressiona que um grupo de atores de alto calibre como Paulo Betti, Jose Wylker, Pedro Cardoso e Antônio Pedro – só para mencionar os principais – tenham cometido a audácia de realizar esse filme que parece que nunca sai do lugar.
Se apenas o roteiro dessa vez fosse o problema mas, novamente, o cinema brasileiro apela para nudez desnecessária, dessa vez nos corpos curvilíneos de Fernanda Freitas e Juliana Paes.
Uma produção que poderia ser uma boa comédia, resulta em um desastre completo. Mesmo que o elenco principal esteja muito bem integrado e se esforçando ao máximo para ser engraçado.
Curiosamente, é o segundo filme em que Laura Cardoso aparece e, novamente, a excelente atriz é subaproveitada. Nitidamente comprovando o desperdício que roteiristas e diretores cometem, apenas porque, talvez, a atriz seja idosa demais (Por isso mesmo sempre interpretando a avó, uma idosa louca, ou algo do gênero).
Infelizmente, temos apenas que nos lamentar.
Sexo com Amor? (Sexo com Amor?)
Dir. Wolf Maya
Filme de estréia do diretor Wolf Maya nos cinemas. É impressionante como, mesmo não sendo um grande espetáculo, Sexo com Amor? tem mérito garantido por apresentar, desde seu trailer, sua intenção, bem como o roteiro articulado por trás.
Tanto essa produção como Sexo, Amor e Traição de Jorge Fernando, fazem parte de uma parceria da Globo Filmes com outra produtoras da América Latina. Uma espécie de empréstimo, em que vários países se inspirariam em filmes já feitos para produzir os seus próprios. Portanto, essa produção é baseada na obra de mesmo título, produzida no Chile.
Porém, para evitar choques culturais, algumas adaptações foram feitas. A história se concentra em diversas personagens que possuem relacionamentos instáveis ou já mornos, e aos poucos, vamos conhecendo-os e descobrindo que os mesmo possuem laços com outras pessoas. A narrativa assemelha-se muito a uma novela, outro defeito de produções brasileiras que, muitas vezes, ainda não conseguem compreender que novelas são produzidas para a tevê e a teatralidade dos palcos é para ser vistas neles.
Alguns núcleos são mais competentes que os outros – afinal, em um filme com Reynaldo Reynaldo Gianechinni e Marília Gabriela fica difícil a competição de quem está pior – mas todos estão em um bom patamar e acabam por se completar, mesclando humor em alguns e drama em outros.
Mas sem dúvida que o ponto alto é o malandro interpretado (?) por Eri Johnson, casado com Maria Clara Gueiros. Ambos defende muito bem a parte cômica dessa produção que, nesse mercado brasileiro ainda confuso, consegue ser uma boa diversão sem comprometer-se a errar.
Tanto essa produção como Sexo, Amor e Traição de Jorge Fernando, fazem parte de uma parceria da Globo Filmes com outra produtoras da América Latina. Uma espécie de empréstimo, em que vários países se inspirariam em filmes já feitos para produzir os seus próprios. Portanto, essa produção é baseada na obra de mesmo título, produzida no Chile.
Porém, para evitar choques culturais, algumas adaptações foram feitas. A história se concentra em diversas personagens que possuem relacionamentos instáveis ou já mornos, e aos poucos, vamos conhecendo-os e descobrindo que os mesmo possuem laços com outras pessoas. A narrativa assemelha-se muito a uma novela, outro defeito de produções brasileiras que, muitas vezes, ainda não conseguem compreender que novelas são produzidas para a tevê e a teatralidade dos palcos é para ser vistas neles.
Alguns núcleos são mais competentes que os outros – afinal, em um filme com Reynaldo Reynaldo Gianechinni e Marília Gabriela fica difícil a competição de quem está pior – mas todos estão em um bom patamar e acabam por se completar, mesclando humor em alguns e drama em outros.
Mas sem dúvida que o ponto alto é o malandro interpretado (?) por Eri Johnson, casado com Maria Clara Gueiros. Ambos defende muito bem a parte cômica dessa produção que, nesse mercado brasileiro ainda confuso, consegue ser uma boa diversão sem comprometer-se a errar.
A Mulher do Meu Amigo (A Mulher do Meu Amigo)
Dir. Claudio Torres
O inicio de A Mulher do Meu Amigo parece promissor. A personagem de Marcos Palmeira narra em off um discurso sobre as atitudes que temos que tomar na vida e afirma que escolheu todas aquelas que o levaram a ruína, fechando a narrativa com um palavrão.
Ainda que seja baseada na peça teatral de Domingos de Oliveira, “Largando o Escritório”, a qual não vi, portanto não posso comentar, essa produção segue um tanto quanto a risca a cartilha de produções recentes e repete o erro do filme anterior do diretor, Redentor.
Mesmo com um mote interessante, de um executivo que resolve desistir de trabalhar no escritório do sogro – interpretado por Antônio Fagundes, um dos poucos brilhos do filmes – cansado de suas imoralidades e, assim, afetando a vida de sua esposa e dos amigos ao redor, o filme não consegue decolar de maneira alguma.
Novamente tem-se a impressão que, após criado o mote, o roteiro fora deixado a deriva e o resultado que saísse seria revelado e viraria o filme que assistimos. Ainda que o filme conte com bons atores, as situações estranhas e absurdas que vão se encavalando na pouca duração da produção não vai lhe conferindo nenhuma verossimilhança, muito pelo contrário.
E pela terceira vez nessa semana, tenho a sensação de que as personagens brasileiras são como as da peça de Pirandello, estão a procura de um autor, um roteirista que lhe escreva boas falas e situações adequadas para o desenlace do filme.
A Guerra Dos Rochas (A Guerra Dos Rochas)
Dir. Jorge Fernando
Ainda que seja baseada na peça teatral de Domingos de Oliveira, “Largando o Escritório”, a qual não vi, portanto não posso comentar, essa produção segue um tanto quanto a risca a cartilha de produções recentes e repete o erro do filme anterior do diretor, Redentor.
Mesmo com um mote interessante, de um executivo que resolve desistir de trabalhar no escritório do sogro – interpretado por Antônio Fagundes, um dos poucos brilhos do filmes – cansado de suas imoralidades e, assim, afetando a vida de sua esposa e dos amigos ao redor, o filme não consegue decolar de maneira alguma.
Novamente tem-se a impressão que, após criado o mote, o roteiro fora deixado a deriva e o resultado que saísse seria revelado e viraria o filme que assistimos. Ainda que o filme conte com bons atores, as situações estranhas e absurdas que vão se encavalando na pouca duração da produção não vai lhe conferindo nenhuma verossimilhança, muito pelo contrário.
E pela terceira vez nessa semana, tenho a sensação de que as personagens brasileiras são como as da peça de Pirandello, estão a procura de um autor, um roteirista que lhe escreva boas falas e situações adequadas para o desenlace do filme.
A Guerra Dos Rochas (A Guerra Dos Rochas)
Dir. Jorge Fernando
Após quatro filmes brasileiros visto em Panorama, o último da série é a faca aprofundada na carne, o iceberg que derrubou o navio. Nas palavras de um amigo, com a duração de A Guerra Dos Rochas, a produção nem deveria ser considerada um longa metragem.
Mas engana-se quem pensa que sua curta duração é um fator positivo para o filme. Nessa produção, parece-me mesmo que os atores tiveram uma conversa inicial do que fazer e foram em frente as câmeras, seja o que Deus quiser.
A trama é simples, uma velhinha, interpretada por Ary Fontoura – é notório que tentaram, em vão, deixar a produção com um ar engraçado, mas falharam miseravelmente – que por sua idade avançada começa a se tornar um fardo para seus três filhos. Porém quando – em um desses arroubos dos roteiros brasileiros – ela é confundida com uma velha atropelada, os filhos começam a refletir sobre o que fizeram com a mãe.
Mais intrigante é saber que esse filme também é uma adaptação teatral. Levando-me a crer que, novamente, não souberam transpor a trama para a película. Só dessa maneira para ser possível o lançamento dessa produção vergonhosa.
Se serve como curiosidade, é o terceiro filme dirigido por Jorge Fernando, que além desse dirigiu o bom Sexo, Amor e Traição (adaptado de um filme latino americano, lembrem-se, com um roteiro já pronto) e de Xuxa Gêmeas (precisa dizer mais alguma coisa?).
Anjos e Demônios (Angels & Demons)
Dir. Ron Howard
Novamente, minhas previsões na coluna Preliminar foram corretas. Anjos e Demônios, adaptação da obra de Dan Brown, o autor do best seller O Código da Vinci, é superior a primeira produção. Mas superior não valida o filme como um bom espetáculo.
Os erros da primeira produção foram consertados, provando que Ron Howard aprendeu com as falhas.
A narrativa criada no cinema é diferente daquela vista no livro. A primeira produção apresentava uma narrativa mais próxima ao seu livro, com avanços e retrocessos temporais inclusos. Aqui, optou-se por cortar certos ganchos que só funcionam em palavras, não em arte visual.
Tratando-se de estilo, os cenários são belíssimos. Como o Vaticano proibiu o acesso da produção à cidade, o trabalho para recriar praças em tamanho real deve ter sido longo e extenso. Não só nos cenários, mas a cabeleira de Robert Langdon também recebeu um ajuste. O péssimo mullet do primeiro filme desapareceu, dando um ar mais respeitoso ao simbologista que Tom Hanks continua interpretando no piloto automático e, aparentemnte, ainda se divertindo.
Anjos e Demônios é um pouco mais linear que O Código da Vinci. No fundo é uma caça ao tesouro, sem tantas revelações. Mas, por ser o primeiro romance de Brown, é também mais experimental, então exageros demais foram cometidos. O que compromete a diversão do filme e o seu desfecho vira uma piada de torcer os lábios.
Minha esperança é que na terceira adaptação finalmente consigam acertar, mas para isso até mesmo Brown precisa dosar melhor seu livro.
Por fim, como dito na coluna prévia sobre o filme, o amigo Vinício do blog O Jardim dos Gatos Teimosos também estava lá para conferir esse filme morno e recomendo que vocês também leiam sua resenha, é sempre interessante saber se uma mesma produção gera críticas diferentes.
Os erros da primeira produção foram consertados, provando que Ron Howard aprendeu com as falhas.
A narrativa criada no cinema é diferente daquela vista no livro. A primeira produção apresentava uma narrativa mais próxima ao seu livro, com avanços e retrocessos temporais inclusos. Aqui, optou-se por cortar certos ganchos que só funcionam em palavras, não em arte visual.
Tratando-se de estilo, os cenários são belíssimos. Como o Vaticano proibiu o acesso da produção à cidade, o trabalho para recriar praças em tamanho real deve ter sido longo e extenso. Não só nos cenários, mas a cabeleira de Robert Langdon também recebeu um ajuste. O péssimo mullet do primeiro filme desapareceu, dando um ar mais respeitoso ao simbologista que Tom Hanks continua interpretando no piloto automático e, aparentemnte, ainda se divertindo.
Anjos e Demônios é um pouco mais linear que O Código da Vinci. No fundo é uma caça ao tesouro, sem tantas revelações. Mas, por ser o primeiro romance de Brown, é também mais experimental, então exageros demais foram cometidos. O que compromete a diversão do filme e o seu desfecho vira uma piada de torcer os lábios.
Minha esperança é que na terceira adaptação finalmente consigam acertar, mas para isso até mesmo Brown precisa dosar melhor seu livro.
Por fim, como dito na coluna prévia sobre o filme, o amigo Vinício do blog O Jardim dos Gatos Teimosos também estava lá para conferir esse filme morno e recomendo que vocês também leiam sua resenha, é sempre interessante saber se uma mesma produção gera críticas diferentes.
The Spirit - O Filme (The Spirit)
Dir. Frank Miller
Após uma série espetaculosa de filmes ruins, somando-se a seis meses de resenhas cinematográficas, acredito que um certo cinismo nos invade ao falar de produções que, definitivamente, estão longe de serem boas. Desde já estou imaginando uma maneira boba de adicionar a frase “Haja espírito para ver esse filme”, para comprovar minha teoria.
O fato é que o escritor e desenhista Frank Miller entrou no mercado cinematográfico com muito entusiasmo, dirigindo em conjunto com Robert Rodriguez o filme baseado em sua obra sobre uma cidade pecaminosa. Empolgado com o sucesso do filme, Miller aplica novamente a técnica decalcada de Sin City e vai no âmago das histórias em quadrinhos para contar a história de Spirit.
Spirit é considerado um dos heróis mais importantes das histórias em quadrinhos, criado pelo revolucionário Will Eisner. A saga de Spirit foi uma das primeiras a envolver um herói e a narrativa policial. Miller, fã do herói, escreveu um roteiro baseado na personagem e foi estreiar atrás da câmeras.
Porém, quem acompanha a evolução dos quadrinhos sabe muito bem que Frank Miller há muito tempo não é o homem que era. Há tempos não realiza uma obra a altura de seus clássicos e The Spirit – O Filme é mais um passo escada abaixo de sua decadência.
Os primeiro minutos da produção são interessantes, além de bonitos, pelas cenas em preto e branco, repleta de efeitos especiais. A narração em off da personagem principal da o requinte necessário que a trama exige. Mas ao decorrer do tempo, principalmente com a aparição do vilão Octopus, personagem histérico interpretado por Samuel L. Jackson, o projeto desanda por completo.
Miller não só deu sua visão pessoal sobre a personagem, como mudou o conceito conhecido dela. Nas páginas de Will Eisner, Spirit não é nenhum super herói. É apenas um homem comum que forjou sua própria morte para renascer como um anônimo mascarado. Mas aqui ele ganha contortos super poderosos, não só tendo super força, como sobrevivendo a golpes e tiros e ainda alucinando com um espírito da morte que, de acordo com a trama, sempre está por chamar Spirit.
Transformando um bom conceito na mão do mestre Eisner em um pastiche ruim. Sem contar que, embora a pompa da produção mereça destaque, a direção é uma copia exata do estilo de Rodriguez em Sin City.
Frank Miller já foi capaz de demonstrar que é um autor genial, revigorou Demolidor dando-lhe sagas incríveis, colocou Batman em uma de suas melhores histórias, sem contar diversas outras que criou em seu próprio universo. Porém, talvez, uma sugestão, o cinema deva ser deixado para lá.
Em tempo, a editora Panini recentemente lançou duas sagas em que dois escritores dão sua visão sobre Spirit mas ainda hoje nenhuma editora relançou essa obra máxima de Will Eisner. Prezados editores, o que diabos vocês estão esperando?
O fato é que o escritor e desenhista Frank Miller entrou no mercado cinematográfico com muito entusiasmo, dirigindo em conjunto com Robert Rodriguez o filme baseado em sua obra sobre uma cidade pecaminosa. Empolgado com o sucesso do filme, Miller aplica novamente a técnica decalcada de Sin City e vai no âmago das histórias em quadrinhos para contar a história de Spirit.
Spirit é considerado um dos heróis mais importantes das histórias em quadrinhos, criado pelo revolucionário Will Eisner. A saga de Spirit foi uma das primeiras a envolver um herói e a narrativa policial. Miller, fã do herói, escreveu um roteiro baseado na personagem e foi estreiar atrás da câmeras.
Porém, quem acompanha a evolução dos quadrinhos sabe muito bem que Frank Miller há muito tempo não é o homem que era. Há tempos não realiza uma obra a altura de seus clássicos e The Spirit – O Filme é mais um passo escada abaixo de sua decadência.
Os primeiro minutos da produção são interessantes, além de bonitos, pelas cenas em preto e branco, repleta de efeitos especiais. A narração em off da personagem principal da o requinte necessário que a trama exige. Mas ao decorrer do tempo, principalmente com a aparição do vilão Octopus, personagem histérico interpretado por Samuel L. Jackson, o projeto desanda por completo.
Miller não só deu sua visão pessoal sobre a personagem, como mudou o conceito conhecido dela. Nas páginas de Will Eisner, Spirit não é nenhum super herói. É apenas um homem comum que forjou sua própria morte para renascer como um anônimo mascarado. Mas aqui ele ganha contortos super poderosos, não só tendo super força, como sobrevivendo a golpes e tiros e ainda alucinando com um espírito da morte que, de acordo com a trama, sempre está por chamar Spirit.
Transformando um bom conceito na mão do mestre Eisner em um pastiche ruim. Sem contar que, embora a pompa da produção mereça destaque, a direção é uma copia exata do estilo de Rodriguez em Sin City.
Frank Miller já foi capaz de demonstrar que é um autor genial, revigorou Demolidor dando-lhe sagas incríveis, colocou Batman em uma de suas melhores histórias, sem contar diversas outras que criou em seu próprio universo. Porém, talvez, uma sugestão, o cinema deva ser deixado para lá.
Em tempo, a editora Panini recentemente lançou duas sagas em que dois escritores dão sua visão sobre Spirit mas ainda hoje nenhuma editora relançou essa obra máxima de Will Eisner. Prezados editores, o que diabos vocês estão esperando?
Não é necessário informar que a personagem de Van Damme nesta produção, o ex-soldado Philip Sauvage é, por assim dizer, o melhor dos melhores. Contratado para proteger um campeão mundial de boxe aposentado de uma figura do rap que está saindo das grades com sede de vingança, pois foi o ex-boxeador que juntou provas suficientes para coloca-lo na prisão. Com medo de não suportar o trabalho, Sauvage monta uma equipe de jovens lutadores e ex-soldados para ajuda-los, os tais Hard Cops do título original, ou a Força de Proteção no título brasileiro.
Em comparação com as recentes produções do astro, esse filme apresenta mais coesão. Isso não o deixa acima da média, mas um capricho a mais sempre é bom ser destacado. Assim como o diferencial de suas produções comuns. Aqui Van Damme está fora de seu nicho, no meio de uma briga entre um gangsta rap e um ex boxeador que virou empresário. Outras maneiras dos roteiristas de chamaram a atenção do público para um ator que sempre faz a mesma produção.
Destaco também que neste filme, J.C.V.D. resolveu sair no muque em algumas cenas e até protagoniza uma cena de luta mano a mano, muito bem realizada. É bom que ainda tentem resgatar o lado lutador de Van Damme, pois muitos que o assistem esperam exatamente esse tipo de cena em seus filmes.
Em comparação com as recentes produções do astro, esse filme apresenta mais coesão. Isso não o deixa acima da média, mas um capricho a mais sempre é bom ser destacado. Assim como o diferencial de suas produções comuns. Aqui Van Damme está fora de seu nicho, no meio de uma briga entre um gangsta rap e um ex boxeador que virou empresário. Outras maneiras dos roteiristas de chamaram a atenção do público para um ator que sempre faz a mesma produção.
Destaco também que neste filme, J.C.V.D. resolveu sair no muque em algumas cenas e até protagoniza uma cena de luta mano a mano, muito bem realizada. É bom que ainda tentem resgatar o lado lutador de Van Damme, pois muitos que o assistem esperam exatamente esse tipo de cena em seus filmes.
o final da casa da mãe joana desafia o ridiculo! os personagens resolvem a vida transando com velhas com o espirito do marido encarnado. Deus Pai!!
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