sábado, 7 de julho de 2012

Michael Jackson, Immortal

Artista: Michael Jackson
Álbum: Immortal
Gravadora: Epic / Sony Music
Ano: 2011

01 - Workin' Day And Night
02 - The Immortal Intro
03 - Childhood
04 - Wanna Be Startin' Somethin'
05 - Dancing Machine/Blame It On The Boogie
06 - This Place Hotel
07 - Smooth Criminal
08 - Dangerous
09 - The Jackson 5 Medley: I Want You Back/ABC/The Love You Save
10 - Speechless/Human Nature
11 - Is It Scary/Threatened
12 - Thriller
13 - You Are Not Alone/I Just Can't Stop Loving You
14 - Beat It/State of Shock
15 - Jam
16 - Planet Earth/Earth Song
17 - They Don't Care About Us
18 - I'll Be There
19 - Immortal Megamix: Can You Feel It/Don't Stop 'Til You Get Enough/Billie Jean/Black Or White
20 - Man In The Mirror


Segundo álbum póstumo de Michael Jackson, Immortal não é uma seleção de fonogramas não utilizados em discos anteriores. Mas uma releitura de seus grandes sucessos remixado por Justin Timberlake e Kevin Antunes, produtor de Rihanna, que funciona como a trilha sonora de um espetáculo do Cirque Du Soleil em homenagem ao astro.

Utilizando mais de quarenta canções do músico, o disco apresenta, provavelmente, a base do espetáculo. Mesmo com versões novas, não acrescenta nenhum elemento a mais nas canções que mereça destaque ou motivo para que a obra de Jackson seja revista.

Basta assistir uma apresentação de Michael Jackson para observar que, em diversas músicas, novos efeitos sonoros eram adicionados para produzir a teatralidade do palco. A impressão é que produtores simplesmente gravaram tais versões que ainda não tinham um registro oficial. Muitas dessas versões para o palco podem ser vistas em shows durante sua carreira ou no musical This Is It.

A maioria das canções estão apenas justapostas uma a outra. Sem um cuidado de trabalhar com o material bruto e transforma-lo em algo diferente. Faixas cuja sonoridade mudam levemente caíram no tradicional estilo base eletrônica. Transformando canções excelentes como Wanna Be Startin' Somethin' em uma música qualquer.

A seleção também não tem inovação. A exceção da abertura com Workin´Day And Night, as faixas são os grandes hits de sucesso, presentes em qualquer coletânea tradicional. Billy Jean, a canção mais significativa de sua carreira, não mereceu nem mesmo uma faixa solo. Está inserida em um grande mix trazendo-nos uma reflexão incômoda: que espécie de espetáculo sobre a obra de Jackson não homenageia com propriedade sua canção mais icônica?

O resultado é uma coletânea que diminui a força das músicas, diluindo em outras e prejudicando um material excelente. Merece destaque, porém, a versão de Thriller que aproveita ainda mais o silêncio da canção, sendo bem construída e dando a sensação, de fato, de uma releitura de um clássico que mesmo modificado não perdeu a majestade.

Também lançado em formato duplo, em uma edição Deluxe, as canções são formatadas de maneira igual. Sendo evidente que a função de remixar a obra de Jackson para esse especial deveria ter ficado nas mãos de um grande produtor, como Quincy Jones, que saberia retirar do material bruto das canções uma sonoridade que ao mesmo tempo homenagearia Jackson e traria consigo um frescor para as mesmas. Mais favorável comprar outra coletânea de Greatest Hits do que considerar ter esse álbum na coleção. 


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