Quem acompanha este espaço crítico, cuja ênfase maior é o cinema e as séries televisivas, perceberá que durante as análises intento estabelecer uma linha de raciocínio. Baseada em uma observação própria além das tendências lançadas nos últimos anos.
Não é necessário procurar com minúcias para notar que cinema e séries orientam-se, atualmente, em movimentos distintos. Ainda que possuam intersecções, encontram-se em um percurso diferente nos últimos dez anos.
Por trás do glamour cinematográfico, característica primordial que nos vem a mente ao pensarmos no cinema americano, há uma indústria da sétima arte. Que, com urgência, precisa de polimento e reforma nas engrenagens.
Apontar a pirataria e a expansão da internet como motivo de queda no faturamento de ingressos, recepção média do público, é um artifício fácil. A situação é mais intrincada ao analisar o interior de sua construção arcaica, descobrindo quais as conseqüências que levaram a este momento, considerado decadente.
A indústria não foi capaz de trabalhar com as formúlas que estabeleceu. Na incerteza, atores de grande porte perderam espaço para outros menores e com baixo talento, migrando de produções gigantescas do cinema-pipoca para obras menores. Quando não mudaram de carreira, tornando-se produtores, diretores e encontrando nas séries de televisão, espaço sem tanta força, um fôlego e recomeço.
O escopo para realização de uma obra seriada é infinitamente mais amplo que a produção cinematográfica. O custo é mais econômico, sendo possível fazer dois episódios, ou mais, com a verba de um filme. Apresentando-se uma vez por semana tem um termômetro mais certeiro. Se perde audiência, é cancelada. Se o público sente-se incomodado com alguma situação, ela é revertida em poucos episódios e mantém a audiência.
Em média, a cada temporada, há uma longa história diluída em aproximadamente 20 partes. Sendo possível trabalhar e construir melhor tramas e personagens. Espaço que permitiu que atores talentosos mas não tão conhecidos do público, mostrassem a potência de seu trabalho.
De maneira discreta, produtores começaram a apostar e investir em seriados. Primordialmente pelo potencial de seu enredo, não regidos por uma lei presente no cinema: um ator famoso é resultado de um filme bom e com bilheteria.
Um movimento que parecia arriscado anos atrás, desenvolver uma idéia apenas pela força de sua história, tornou-se um seguro caminho. Comprovando que mesmo que o público deseje ver seus atores preferidos em tela, um bom enredo é bem recebido.
Canais abertos e pagos da televisão americana começaram a produzir, anualmente, diversas séries que visavam conquistar o público mantendo a qualidade.
Por um lado, a indústria da sétima arte apresentava-se morna, sem muitos filmes excelentes nos anos que passavam. Espaço que fez parte do público voltar seus olhos para a televisão, fazendo com que um campo tão desolado na década de noventa, caísse no gosto do público.
Hoje somam-se dez anos de um caminho novo na produção de seriados americanos que supera por quantidade e qualidade o cinema. Recordes de audiência que comoveram multidões, ganharam fãs que deram início ao movimento serimaníaco que, em escala global, acompanham as temporadas semanalmente, em sincronia com os americanos.
A indústria seriada cresceu gigantescamente nos últimos anos. Desenvolveu, com precisão, começo, meio e fim de diversas histórias que não só envolveram o público como tornam-se um marco contemporâneo.
A totalidade de produções, nos últimos dez anos, é abrangente. Assim, foi necessário selecionar três grandes séries que serão analisadas individualmente. Escolhidas por, desde já, se tornarem referência, muita vezes inédita em seu lançamento.
24 Horas tornou-se pioneira do conceito de ação real, provando que a supremacia da ação não só pertence ao cinema. Lost fez o mundo parar a cada episódio com sua intrincada teoria conspiratória. E House M.D. que trouxe a tona a empatia do público, identificado no pesado anti-heroi, aquebrantado, mas brilhante.
Três histórias distintas que simbolizam parte do melhor que se produziu desde a retomada, em qualidade e também audiência. Conquistando espaço nas séries cativas do público.
Não é necessário procurar com minúcias para notar que cinema e séries orientam-se, atualmente, em movimentos distintos. Ainda que possuam intersecções, encontram-se em um percurso diferente nos últimos dez anos.
Por trás do glamour cinematográfico, característica primordial que nos vem a mente ao pensarmos no cinema americano, há uma indústria da sétima arte. Que, com urgência, precisa de polimento e reforma nas engrenagens.
Apontar a pirataria e a expansão da internet como motivo de queda no faturamento de ingressos, recepção média do público, é um artifício fácil. A situação é mais intrincada ao analisar o interior de sua construção arcaica, descobrindo quais as conseqüências que levaram a este momento, considerado decadente.
A indústria não foi capaz de trabalhar com as formúlas que estabeleceu. Na incerteza, atores de grande porte perderam espaço para outros menores e com baixo talento, migrando de produções gigantescas do cinema-pipoca para obras menores. Quando não mudaram de carreira, tornando-se produtores, diretores e encontrando nas séries de televisão, espaço sem tanta força, um fôlego e recomeço.
O escopo para realização de uma obra seriada é infinitamente mais amplo que a produção cinematográfica. O custo é mais econômico, sendo possível fazer dois episódios, ou mais, com a verba de um filme. Apresentando-se uma vez por semana tem um termômetro mais certeiro. Se perde audiência, é cancelada. Se o público sente-se incomodado com alguma situação, ela é revertida em poucos episódios e mantém a audiência.
Em média, a cada temporada, há uma longa história diluída em aproximadamente 20 partes. Sendo possível trabalhar e construir melhor tramas e personagens. Espaço que permitiu que atores talentosos mas não tão conhecidos do público, mostrassem a potência de seu trabalho.
De maneira discreta, produtores começaram a apostar e investir em seriados. Primordialmente pelo potencial de seu enredo, não regidos por uma lei presente no cinema: um ator famoso é resultado de um filme bom e com bilheteria.
Um movimento que parecia arriscado anos atrás, desenvolver uma idéia apenas pela força de sua história, tornou-se um seguro caminho. Comprovando que mesmo que o público deseje ver seus atores preferidos em tela, um bom enredo é bem recebido.
Canais abertos e pagos da televisão americana começaram a produzir, anualmente, diversas séries que visavam conquistar o público mantendo a qualidade.
Por um lado, a indústria da sétima arte apresentava-se morna, sem muitos filmes excelentes nos anos que passavam. Espaço que fez parte do público voltar seus olhos para a televisão, fazendo com que um campo tão desolado na década de noventa, caísse no gosto do público.
Hoje somam-se dez anos de um caminho novo na produção de seriados americanos que supera por quantidade e qualidade o cinema. Recordes de audiência que comoveram multidões, ganharam fãs que deram início ao movimento serimaníaco que, em escala global, acompanham as temporadas semanalmente, em sincronia com os americanos.
A indústria seriada cresceu gigantescamente nos últimos anos. Desenvolveu, com precisão, começo, meio e fim de diversas histórias que não só envolveram o público como tornam-se um marco contemporâneo.
A totalidade de produções, nos últimos dez anos, é abrangente. Assim, foi necessário selecionar três grandes séries que serão analisadas individualmente. Escolhidas por, desde já, se tornarem referência, muita vezes inédita em seu lançamento.
24 Horas tornou-se pioneira do conceito de ação real, provando que a supremacia da ação não só pertence ao cinema. Lost fez o mundo parar a cada episódio com sua intrincada teoria conspiratória. E House M.D. que trouxe a tona a empatia do público, identificado no pesado anti-heroi, aquebrantado, mas brilhante.
Três histórias distintas que simbolizam parte do melhor que se produziu desde a retomada, em qualidade e também audiência. Conquistando espaço nas séries cativas do público.
Alta Fidelidade, a coluna semanal do criador desse blog que, hoje, apresentou um panorama das séries americanas. Aqui é possível falar abertamente sobre alguns temas sem que exija uma resenha para tal. Pretende-se abordar todo o tipo de assunto cultural, seja ele sobre livros, filmes, dvds, cds e, nessa semana e nas próximas, séries em geral e três seriados atuais que já são um marco: 24 Horas, Lost e House M.D.
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