Paulinho Moska
Muito Pouco - Voz e Violão
Na Praça Martinho Nogueira, s/nº, Botucatu - SP
Em 29 de Outubro de 2010
01. Devagar, Divagar ou De vagar?
02. Muito Pouco
03. A Seta e o Alvo
04. Lágrimas de Diamantes
05. O Tom do Amor
06. Brasil Mulato (Martinho da Vila)
07. A Idade do Céu
08. Pensando Em Você
09. Só Nos Resta Viver (Angela Rô Rô)
10. Relampiando
11. Quantas Vidas Você Tem?
12. Tudo Novo de Novo
13. Juízo Final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares)
14. Admito Que Perdi
15. O Último Dia
Fotos de Thiago Augusto Corrêa
Fotos de Thiago Augusto Corrêa
À procura de estabelecer e apresentar movimentos culturais em boa parte do interior de São Paulo, o Serviço Social de Comercio de São Paulo, o Sesc, organiza de 19 de Outubro a 07 de Novembro uma caravana itinerante que realiza seis roteiros específicos em diversas cidades do estado. Tanto aquelas que já possuem uma unidade do serviço, como as que não.
Basta trafegar pelo interior de São Paulo para constatar que são poucos os movimentos culturais. Prestigiando sempre cidades maiores, cidades sem o tal destaque ficam delegadas a receberem, quando recebem, um show comemorativo de aniversário da cidade ou que ilustra algum evento específico. A caravana itinerante do Sesc, que passa em 88 cidades, além do vasto menu cultural, envolvendo poesia, música e dança aproveita-se de muitas praças públicas para estabelecer seu cenário e maior vantagem: a gratuidade da cultura.
Foi graças a essa pequena turnê pelo interior que pude rever PaulinhoMoska, cujo último show que vi fora na turnê Tudo Novo de Novo, em 2004, também por um evento do Sesc. Apresentando-se apenas com voz e violão, o cantor realiza um show intimista que lança seu novo álbum - ou como prefere o músico, germina suas canções pelo interior - Muito Pouco.
Evidente que há diferenças entre ouvir um disco em casa e assistir sua execução em um palco. Muitos músicos talentosos que possuem uma excelente carreira discográfica, nem sempre realizam shows a altura, as vezes por fraca desenvoltura, timidez ou, como já presenciei, nítida sensação de não querer fazer aquele show.
Diante de tal afirmação, é cativante a maneira como Moska agrega seu público. Logo na apresentação inicial os chama para mais perto do palco – havia um espaço entre as cadeiras e o palco – e como se tivesse em uma imensa roda de amigos mais íntimos, dá vazão a seu trabalho.
Sua performance solo nos palcos é notável sobre dois aspectos: seu talento óbvio como cantor e músico, que não diminui nada da interpretação das canções por estar sozinho, mostrando uma bela destreza invejável no violão, como, assim como em seus álbuns, trabalha ruído, canção e silêncio de maneira harmoniosa.
Mais do que, apenas, apresentar ao público suas novas canções, Moska estabelece um bom repertório, que não só privilegia suas próprias canções como suas influências ao cantar Ângela Ro Ro, Martinho da Vila e Nelson Cavaquinho, o último a pedido do público.
O equilíbrio do repertório aproxima quem ainda não conhece seu novo trabalho daqueles que acompanham sua carreira há certo tempo. Muito Pouco, a canção, resulta no primeiro momento de encontro de todo o público que, inevitavelmente, ouviram a canção na voz de Maria Rita. A Seta e o Alvo é tocada em seu arranjo original que parece causar ainda mais o impacto das antíteses da canção.
Se em seus álbuns a poética sensível ressalta aos ouvidos, no palco em voz, violão e imagens, tais canções ganham ainda mais vida. O Tom do Amor, belíssima composição de Zélia Duncan torna-se momento impossível de não se emocionar e Relampiando, canção composta em duo com Lenine, executada no meio de uma praça da cidade, enquanto carros trafegam ao lado, transforma-se em uma reflexão de seu próprio movimento crônico.
O curto show de apenas uma hora encerra-se com uma boa trinca, que retoma três momentos de sua história: Tudo Novo de Novo, a canção que sempre termina e retoma ciclos, Admito que Perdi, de tom confessional implacável e O Último Dia, canção apocalíptica que é tocada enquanto a próxima atração E ai, Dança Vamos Dançar? – da cia Nova 4 e banda - se preparam no palco para interagirem no final da canção em um belo desfecho.
Tratando-se de um cantor que vem trabalhando na divulgação de seu novo trabalho, desejando semea-lo pela maior quantidade de cidades possíveis, é provável que outro futuro encontro com sua música seja inevitável. E, em uma paráfrase com sua Devagar, Divagar ou De vagar?, cada encontro com Moska é, sem duvída, de se apaixonar por suas canções.
Paulinho Moska ainda toca em mais quatro cidades seguindo a caravana Sesc que encerra-se dia 07. Seu site oficial disponibilidade todas as datas.
Basta trafegar pelo interior de São Paulo para constatar que são poucos os movimentos culturais. Prestigiando sempre cidades maiores, cidades sem o tal destaque ficam delegadas a receberem, quando recebem, um show comemorativo de aniversário da cidade ou que ilustra algum evento específico. A caravana itinerante do Sesc, que passa em 88 cidades, além do vasto menu cultural, envolvendo poesia, música e dança aproveita-se de muitas praças públicas para estabelecer seu cenário e maior vantagem: a gratuidade da cultura.
Foi graças a essa pequena turnê pelo interior que pude rever PaulinhoMoska, cujo último show que vi fora na turnê Tudo Novo de Novo, em 2004, também por um evento do Sesc. Apresentando-se apenas com voz e violão, o cantor realiza um show intimista que lança seu novo álbum - ou como prefere o músico, germina suas canções pelo interior - Muito Pouco.
Evidente que há diferenças entre ouvir um disco em casa e assistir sua execução em um palco. Muitos músicos talentosos que possuem uma excelente carreira discográfica, nem sempre realizam shows a altura, as vezes por fraca desenvoltura, timidez ou, como já presenciei, nítida sensação de não querer fazer aquele show.
Diante de tal afirmação, é cativante a maneira como Moska agrega seu público. Logo na apresentação inicial os chama para mais perto do palco – havia um espaço entre as cadeiras e o palco – e como se tivesse em uma imensa roda de amigos mais íntimos, dá vazão a seu trabalho.
Sua performance solo nos palcos é notável sobre dois aspectos: seu talento óbvio como cantor e músico, que não diminui nada da interpretação das canções por estar sozinho, mostrando uma bela destreza invejável no violão, como, assim como em seus álbuns, trabalha ruído, canção e silêncio de maneira harmoniosa.
Mais do que, apenas, apresentar ao público suas novas canções, Moska estabelece um bom repertório, que não só privilegia suas próprias canções como suas influências ao cantar Ângela Ro Ro, Martinho da Vila e Nelson Cavaquinho, o último a pedido do público.
O equilíbrio do repertório aproxima quem ainda não conhece seu novo trabalho daqueles que acompanham sua carreira há certo tempo. Muito Pouco, a canção, resulta no primeiro momento de encontro de todo o público que, inevitavelmente, ouviram a canção na voz de Maria Rita. A Seta e o Alvo é tocada em seu arranjo original que parece causar ainda mais o impacto das antíteses da canção.
Se em seus álbuns a poética sensível ressalta aos ouvidos, no palco em voz, violão e imagens, tais canções ganham ainda mais vida. O Tom do Amor, belíssima composição de Zélia Duncan torna-se momento impossível de não se emocionar e Relampiando, canção composta em duo com Lenine, executada no meio de uma praça da cidade, enquanto carros trafegam ao lado, transforma-se em uma reflexão de seu próprio movimento crônico.
O curto show de apenas uma hora encerra-se com uma boa trinca, que retoma três momentos de sua história: Tudo Novo de Novo, a canção que sempre termina e retoma ciclos, Admito que Perdi, de tom confessional implacável e O Último Dia, canção apocalíptica que é tocada enquanto a próxima atração E ai, Dança Vamos Dançar? – da cia Nova 4 e banda - se preparam no palco para interagirem no final da canção em um belo desfecho.
Tratando-se de um cantor que vem trabalhando na divulgação de seu novo trabalho, desejando semea-lo pela maior quantidade de cidades possíveis, é provável que outro futuro encontro com sua música seja inevitável. E, em uma paráfrase com sua Devagar, Divagar ou De vagar?, cada encontro com Moska é, sem duvída, de se apaixonar por suas canções.
Paulinho Moska ainda toca em mais quatro cidades seguindo a caravana Sesc que encerra-se dia 07. Seu site oficial disponibilidade todas as datas.
E nessa quinta feira, Terapia Musical em dose dupla: Back to Black de Amy Winehouse e Canções Para Embalar Marujos de Renato Godá.
Lindos... simplesmente lindos: tanto resenha quanto o show. E que fantástico lembrar que a gente ouviu Relampiando ao lado de carros botucatuenses dentro do aquário...
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