Uma série policial sem glamour
Míope, desastrada, desorganizada, ironicamente educada, compulsiva por doces – embora tente evitá-los - e com uma aparência que figura entre uma beleza feiosa, se é que tal paradoxo pode existir. Essa é Brenda Leigh Johnson. Adentrando um meio de predomínio masculino, é com incredulidade que seus parceiros vêem a nova chefe da Divisão de Homicídios prioritário de Los Angeles.
Produzido pelo canal TNT, tornando-se seu maior destaque, The Closer – Divisão Criminal pode parecer repetir a fórmula das séries policiais, mas de maneira crua comprova que ainda há argumentos bons sobre o tema.
Boa parte do mérito de seu sucesso deve-se a interpretação meticulosa de sua estrela, Kyra Sedwick, em seu primeiro papel para a televisão e que vem, a cada ano, conquistando indicações como Melhor Interpretação (Ganhando o cobiçado Globo de Ouro em 2007).
Não apenas a aparência que causa estranheza, mas também a construção interna da personagem, a transformam em uma incrível policial comum. Incapaz de controlar seu jeito atrapalhado, ser rígida no seu gosto por doces mas ceder vez ou outra, quando o stress do trabalho se torna muito pesado. Seu contraponto, ausente de genialidade aparente, é uma policial extremamente profissional e audaciosa, capaz de conduzir interrogatórios com precisão, resultando em excelentes cenas nessa primeira temporada.
Sem dúvida é a formula mais enxuta, que dá voz a personagens mais próximas do real, o charme da série. Conflitos internos na equipe ou com outros departamentos não são poupados. Tem-se em seu grupo de investigadores diversos tipos diferentes de padrões, até mesmo o escape cômico no Detetive Provenza, nitidamente cansado de trabalhar na polícia e que nos presenteia com uma das melhores cenas da temporada imitando Brenda.
Até mesmo a abertura, apresentando o título e seus atores em um fundo preto, dão a impressão de um decalque real, longe das séries com musica tema que transformam seu mote em um tipo de espetáculo.
Apresentado apenas em meia temporada, com treze capítulos, The Closer é preciso na execução. Cresce a cada episódio, configurando o estilo de narrativa, até chegar em seu último episódio com uma história sólida. Dando a impressão que, prosseguindo nessa evolução, alcançará outro patamar em sua segunda temporada.
No Brasil, a série foi exibida pelo próprio canal que a produziu e em tevê aberta pelo SBT. Há também as quatro primeiras temporada disponíveis em DVD.
Adoro a Brenda, e ainda mais o Provenza! Aliás, alguém se lembrou de onde conhecemos o ator que o interpreta? è da sessão da tarde, do saudoso Loucademia de polícia! Ele é o Sargento...uaahuahau!
ResponderExcluirPreciso ver essa série... deve ser bem melhooor que CSI :P
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