A Teta Assustada (La Teta Asustada)
Dir. Claudia Llosa
É certamente comum que produções latino-americanas voltem-se para explorar seu cotidiano e seus mitos locais. Eis a explicação para o título dessa produção, cujo significado traduz-se por uma lenda peruana de que o medo das mães é passado para os filhos através do leite materno.
Essa é a história de Fausta que, após a morte súbita da mãe, tem de refrear todo seu medo e enfrentar o mundo que a cerca. Principalmente quando sua intenção é adquirir dinheiro para enterrar a mãe na vila em que nasceu.
Todo o embate da produção é gerado através da força da descoberta, de uma personagem que sempre fora reprimida e espantada com os horrores contados pela mãe.
Mas, devo confessar, nada encontrei nessa produção que valesse os prêmios que ganhou - incluindo o Urso de Ouro em Berlim. A narrativa lenta e esparsa não dá sustentação para a história e falta um toque mais sensível para a trama, que tem leve elementos de estranheza, algo comum no cinema latinoamericano.
Ainda que a intenção seja, por trás da história de Fausta, gerar um pano de fundo sobre a sociedade peruana, diversos elementos faltaram para que se realizasse tal história dupla como supõe-se.
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