quarta-feira, 5 de maio de 2010

Arquivo X, Segunda Temporada


Buscar a verdade nunca foi tão perigoso


Após o bom primeiro ano, a segunda temporada de Arquivo-X prossegue seu gancho narrativo e mantém sua qualidade. Ganhando consolidação do público e da crítica, a série abre seu espaço, não apenas para avançar na sua trama mitológica como, também, para começar a apresentar outros bons casos que beiram o inexplicável. Ampliando, assim, para o público, o conceito dos Arquivo-X dentro do FBI.

Embora ainda não tenha atingido seu ápice, é inegável a grande parceria de Fox Mulder e Dana Scully. Agora muito mais entrosados que no primeiro ano, a boa dupla de principais segura até roteiros mais fracos, que não são capazes de sabotar a série.

Seus roteiristas são capazes, inclusive, de se adaptarem a idéias não planejadas, como a gravidez da atriz Gillian Anderson. Tal fato obrigou os roteiristas a deixarem-na de fora de alguns episódios e a saída encontrada foi soberba.

Iniciada logo no quinto episódio da série, com trama dividida em três partes, “Duane Barry”, “A Ascensão” e “Por Um Fio”, a abdução de Scully não só gera mais concretude para a história da série, marcando o primeiro passo profundo da mitologia, como coloca em cheque a crença da própria personagem que, até esse ponto, trilha o mesmo caminho que Mulder ainda repleta de dúvidas sobre a existência de uma conspiração maior.

A série tem extrema habilidade em costurar sua mitologia entre os episódios da temporada. Muitas vezes um acontecimento importante ocorre em um episódio aparentemente banal mas que, assistido com atenção, será repercutido depois.

Dessa forma, a segunda temporada consegue consagrar três momentos incríveis da mitologia – todos em episódios duplos, algo raro nas séries hoje em dia – e elevar, ainda mais, o cotidiano dos casos expostos e desvendados pela dupla. E, como seria costume no seriado, criando um belo gancho para seu ano próximo.

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