Dir. Jared Hess
Em uma comparação estranha na primeira estância, o terror Donnie Darko tem semelhanças com a comédia Napoleon Dynamite. Ambos são bem realizados, possuem personagens exclusos e em seu final, uma reflexão, para sabermos se compreendemos ou não o filme, é obrigatória.
Mas ao contrário da história de terror, não há nada escondido nessa comédia. Um filme charmoso e estúpido sobre um garoto estranho e deslocado chamado Napoleon. Inserido em um mundo surreal, onde a avó viaja para dunas, o irmão trintão namora pelo computador e o tio poderia ser um grande astro de futebol americano – não fosse uma contusão na década de oitenta – Napoleon reúne todas as piores características de um adolescente.
Alto, desajeitado, deslocado, sem expressividade aparente. Impossível não se simpatizar pela estupidez boba e genuína de sua personagem. Aos poucos, a narrativa mostra o cotidiano comum de Napoleon e suas atitudes estranhas perante alguns fatos – toda vez que briga ou discute a personagem simplesmente sai correndo de forma desajeitada.
Brilhante por contar uma história sobre um rapaz excluso sem cair no clichês do humor, Napoleon Dynamite não é um filme comum, assim como não é a personagem em questão.
Mas ao contrário da história de terror, não há nada escondido nessa comédia. Um filme charmoso e estúpido sobre um garoto estranho e deslocado chamado Napoleon. Inserido em um mundo surreal, onde a avó viaja para dunas, o irmão trintão namora pelo computador e o tio poderia ser um grande astro de futebol americano – não fosse uma contusão na década de oitenta – Napoleon reúne todas as piores características de um adolescente.
Alto, desajeitado, deslocado, sem expressividade aparente. Impossível não se simpatizar pela estupidez boba e genuína de sua personagem. Aos poucos, a narrativa mostra o cotidiano comum de Napoleon e suas atitudes estranhas perante alguns fatos – toda vez que briga ou discute a personagem simplesmente sai correndo de forma desajeitada.
Brilhante por contar uma história sobre um rapaz excluso sem cair no clichês do humor, Napoleon Dynamite não é um filme comum, assim como não é a personagem em questão.
Madrugada Dos Mortos (Dawn of the Dead)
Dir. Zack Snyder
Primeiro filme dirigido por Zack Snyder, um dos diretores mais pop do momento por sua adaptação de 300 e Watchmen, é também uma releitura. Dessa vez de um clássico de terror do mestre George Romero.
Sem nenhuma prepotência ou pretensão estética vista nos dois filmes posteriores, a narrativa de Madrugada dos Mortos corresponde ao segundo filme de Romero. A ação é iminente logo na primeira cena, onde um breve ataque de um morto vivo não é um acidente isolado. Basta que um morto vivo morda um ser humano para que esse vire um também. A alta proliferação pode contaminar rapidamente muitos.
Poderia ser mais uma regravação que se perde no limbo de releituras de terror. Porém, o cuidado de Snyder em adaptar a obra de Romero foi feito com carinho. As cenas com zumbis e humanos acurralados causam pânico, são bem filmadas e a maquiagem dos mortos vivos estão muito bem feitas.
Talvez se as outras duas produções do diretor tivessem menos pompa, seriam tão empolgante como essa produção.
O filme gerou também uma continuação contemporânea que não é de Snyder e não tem graça nenhuma. Provando que o diretor pop do momento possui talento para dirigir.
Sem nenhuma prepotência ou pretensão estética vista nos dois filmes posteriores, a narrativa de Madrugada dos Mortos corresponde ao segundo filme de Romero. A ação é iminente logo na primeira cena, onde um breve ataque de um morto vivo não é um acidente isolado. Basta que um morto vivo morda um ser humano para que esse vire um também. A alta proliferação pode contaminar rapidamente muitos.
Poderia ser mais uma regravação que se perde no limbo de releituras de terror. Porém, o cuidado de Snyder em adaptar a obra de Romero foi feito com carinho. As cenas com zumbis e humanos acurralados causam pânico, são bem filmadas e a maquiagem dos mortos vivos estão muito bem feitas.
Talvez se as outras duas produções do diretor tivessem menos pompa, seriam tão empolgante como essa produção.
O filme gerou também uma continuação contemporânea que não é de Snyder e não tem graça nenhuma. Provando que o diretor pop do momento possui talento para dirigir.
Mal Posso Esperar (Can´t Hardly Wait)
Dir. Harry Elfont e Deborah Kaplan
Produção adolescente de 1998, com um relativo sucesso na época, embora lançada diretamente para as locadoras aqui no Brasil. Ganha agora uma edição especial comemorativa de aniversário mas, revendo a produção, nota-se que seu envelhecimento não foi tão positivo.
A trama boba – como dos filmes da linha – não machuca ninguém, podendo ser interessante. Na festa de despedida de uma turma de colegiais, Preston Meyers descobre que a belíssima Amanda (Jennifer Love Hewitt) terminou seu namoro. É a chance perfeita que Preston esperava para, finalmente, declarar seu amor e entregar uma carta que escrevera a ela há muito tempo.
A trama não se concentra apenas nessa história, mas sim em diversas histórias paralelas que ocorrem durante a festa enquanto Preston se desventura e se desencontra de sua musa para entregar a carta. Muitas das situações são inusitadas, chegando a serem aceitáveis, mas outras não se encaixam bem na produção.
De qualquer forma ainda é possível notar a sensação de despretensão que a produção foi feita, sem ter ares de ser a comédia do ano ou a mais engraçada, por isso, aos curiosos, pode valer uma conferida.
A trama boba – como dos filmes da linha – não machuca ninguém, podendo ser interessante. Na festa de despedida de uma turma de colegiais, Preston Meyers descobre que a belíssima Amanda (Jennifer Love Hewitt) terminou seu namoro. É a chance perfeita que Preston esperava para, finalmente, declarar seu amor e entregar uma carta que escrevera a ela há muito tempo.
A trama não se concentra apenas nessa história, mas sim em diversas histórias paralelas que ocorrem durante a festa enquanto Preston se desventura e se desencontra de sua musa para entregar a carta. Muitas das situações são inusitadas, chegando a serem aceitáveis, mas outras não se encaixam bem na produção.
De qualquer forma ainda é possível notar a sensação de despretensão que a produção foi feita, sem ter ares de ser a comédia do ano ou a mais engraçada, por isso, aos curiosos, pode valer uma conferida.
Um Amor de Tesouro (Fool´s Gold)
Dir. Andy Tennant
Que as contas bancárias de Matthew McConaughey e Kate Hudson estejam gordas, disso não há dúvidas. Que eles tenham algum prestígio por seus últimos filmes, também podemos afirmar que não.
É incompreensível que dois atores que surgiram estrelando bons papéis, densos e dramáticos na medida, tenham se entregado a realizar apenas comédias românticas, variando o mesmo tema sem sair do tom.
Como era de se esperar, McConaughey é o bonitão da trama, malandro e falido, que acredita ter encontrado um tesouro no fundo do mar – a explicação para o tal tesouro surge na abertura, narrando uma aventura histórica – e precisa de mais fundos para conseguir explorar tal tesouro. Assim, como também era de se esperar, sua ex-esposa, Hudson, reaparece em seu caminho, ainda apaixonada pelo garanhão, mas irritada por sua personalidade que nunca mudou. Porém, quando ele conta que em sua última expedição encontrou uma prova de que o tal tesouro existe e está afundado no lugar onde ele imaginava, as diferenças são colocadas de lado e começa a caça ao tesouro.
Faltou incluir na trama um desafeto ao bonitão, um rapper que emprestou dinheiro a ele mas não viu nenhum trocado e um milionário que aparece para passar as férias no local e resolve patrocinar a expedição.
Mais uma produção que enche os bolsos dos atores, mas não acrescentada nada a ninguém. Muito menos ao público. Um subproduto dos subprodutos de produções de caça ao tesouro.
É incompreensível que dois atores que surgiram estrelando bons papéis, densos e dramáticos na medida, tenham se entregado a realizar apenas comédias românticas, variando o mesmo tema sem sair do tom.
Como era de se esperar, McConaughey é o bonitão da trama, malandro e falido, que acredita ter encontrado um tesouro no fundo do mar – a explicação para o tal tesouro surge na abertura, narrando uma aventura histórica – e precisa de mais fundos para conseguir explorar tal tesouro. Assim, como também era de se esperar, sua ex-esposa, Hudson, reaparece em seu caminho, ainda apaixonada pelo garanhão, mas irritada por sua personalidade que nunca mudou. Porém, quando ele conta que em sua última expedição encontrou uma prova de que o tal tesouro existe e está afundado no lugar onde ele imaginava, as diferenças são colocadas de lado e começa a caça ao tesouro.
Faltou incluir na trama um desafeto ao bonitão, um rapper que emprestou dinheiro a ele mas não viu nenhum trocado e um milionário que aparece para passar as férias no local e resolve patrocinar a expedição.
Mais uma produção que enche os bolsos dos atores, mas não acrescentada nada a ninguém. Muito menos ao público. Um subproduto dos subprodutos de produções de caça ao tesouro.
Cadaveres (Unrest)
Dir. Jason Todd Ipson
Se dinheiro na mão de um sonhador é vendaval, alta concentração de verdinhas na mão de um diretor com uma mentalidade fraca e talento ruim gera uma produção de terror ridícula. Só dessa maneira para explicar porque aberrações como Cadáveres consegue angariar fundos para ser produzida e lançada no mercado.
O enredo mantêm-se na bobagem de sempre: uma estudante de medicina começa a ouvir vozes enquanto disseca um corpo em aula e depois todos que tiveram contato com o corpo começam a morrer. Em sua investigação ela descobre que tal corpo ainda possui um espírito vivo, que não descansou e quer vingança.
Como a trama não vale um vintém, os atores não são conhecidos, a produção apelou e resolveu utilizar cadáveres de verdade para as cenas. A desculpa foi de que assim a verossimilhança seria atingida com mais sucesso nas gravações. Mas além do patético da informação, não há nada para acrescentar.
Algumas críticas disseram que as cenas são nojentas. Particularmente, quem já assistiu a um filme de terror com uma equipe de efeitos visuais competente – ou ainda a séries como Plantão Médico ou House M.D. não vai ter nojo nenhum. Só aquela sensação de que apelar para uma idéia tão estúpida deve ser um último recurso para tentar trazer um pouco dos holofotes a uma produção que não merece nada. Mas imagino que alguns irão locar o filme somente para conferir se tais cadáveres são reais ou não.
Fica o benefício da dúvida, já que muitas produções do gênero, ultimamente, tem apelado para o baseado em fatos reais para tentar assustar mais o público, mesmo que a história não tenha nada de real. Mas, francamente, se a história for verdadeira, é uma vergonha querer chocar o público para conseguir mais alguns trocados. A sétima arte não foi feita para idéias assim.
O enredo mantêm-se na bobagem de sempre: uma estudante de medicina começa a ouvir vozes enquanto disseca um corpo em aula e depois todos que tiveram contato com o corpo começam a morrer. Em sua investigação ela descobre que tal corpo ainda possui um espírito vivo, que não descansou e quer vingança.
Como a trama não vale um vintém, os atores não são conhecidos, a produção apelou e resolveu utilizar cadáveres de verdade para as cenas. A desculpa foi de que assim a verossimilhança seria atingida com mais sucesso nas gravações. Mas além do patético da informação, não há nada para acrescentar.
Algumas críticas disseram que as cenas são nojentas. Particularmente, quem já assistiu a um filme de terror com uma equipe de efeitos visuais competente – ou ainda a séries como Plantão Médico ou House M.D. não vai ter nojo nenhum. Só aquela sensação de que apelar para uma idéia tão estúpida deve ser um último recurso para tentar trazer um pouco dos holofotes a uma produção que não merece nada. Mas imagino que alguns irão locar o filme somente para conferir se tais cadáveres são reais ou não.
Fica o benefício da dúvida, já que muitas produções do gênero, ultimamente, tem apelado para o baseado em fatos reais para tentar assustar mais o público, mesmo que a história não tenha nada de real. Mas, francamente, se a história for verdadeira, é uma vergonha querer chocar o público para conseguir mais alguns trocados. A sétima arte não foi feita para idéias assim.
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