Dir. Richard Kelly
Impossível não estranhar Donnie Darko. Seu enredo complexo e bizarro espanta de início mas também consegue causar uma boa impressão. O estranhamento causado nessa produção de suspense / terror é um dos principais motivos para seu sucesso e, também, para diversas teorias a respeito da completude narrativa criada pelo diretor iniciante Richard Kelly.
Como toda boa história do gênero, dizer algo além do básico pode estragar preceitos básicos da narrativa. E nesta produção, torna-se difícil descobrir aquilo que é essencial e o que é supérfluo, já que muitas leituras podem surgir.
Como o próprio título aponta, a trama conta a história de um garoto chamado Donnie Darko que vive em um limiar próprio, entre o mundo real e seu mundo interior, onde sofre de uma doença psicológica. Mas essa história simples será o suficiente para dar um nó na cabeça do telespectador e sustentar boas teorias a respeito do que realmente aconteceu.
A produção chegou a ganhar uma versão de diretor com alguns minutos a mais, mas nunca foi lançada por aqui. Na verdade, o dvd lançado pela Flashstar é, infelizmente, uma das produções mais porcas que vi. A imagem do filme está tão ruim e granulada que tem-se a impressão que estamos vendo um filme na televisão. Uma pena para um filme interessante como esse ser destruído na única mídia em que foi lançado no país.
Como toda boa história do gênero, dizer algo além do básico pode estragar preceitos básicos da narrativa. E nesta produção, torna-se difícil descobrir aquilo que é essencial e o que é supérfluo, já que muitas leituras podem surgir.
Como o próprio título aponta, a trama conta a história de um garoto chamado Donnie Darko que vive em um limiar próprio, entre o mundo real e seu mundo interior, onde sofre de uma doença psicológica. Mas essa história simples será o suficiente para dar um nó na cabeça do telespectador e sustentar boas teorias a respeito do que realmente aconteceu.
A produção chegou a ganhar uma versão de diretor com alguns minutos a mais, mas nunca foi lançada por aqui. Na verdade, o dvd lançado pela Flashstar é, infelizmente, uma das produções mais porcas que vi. A imagem do filme está tão ruim e granulada que tem-se a impressão que estamos vendo um filme na televisão. Uma pena para um filme interessante como esse ser destruído na única mídia em que foi lançado no país.
Constantine (Constantine)
Dir. Francis Lawrence
Quando Speed – Velocidade Máxima estreou nos cinemas eu não tinha idade suficiente para assisti-lo (houve uma época em que alguns cinemas respeitavam a tal classificação etária), fui assistir quase um ano depois em vídeo, na época em que se demorava muito para ocorrer a transição entre cinema e filmes em casa.
O filme que fez de Keanu Reeves um astro de verdade, além de um bom filme de ação da década de 90, parecia firmar um grande ator. Porem, conforme o tempo se passou, concluiu-se que Reeves se encaixava mesmo em papéis específicos, que exigiam pouco de seu talento e que, acima de tudo, o rapaz ficava cheio de estilo em um terno feito sob medida.
Foi dessa maneira que o mago loiro John Constantine – cujas referências para o desenho fora o um dia talentoso músico Sting – acabou se personificando nos cabelos negros do ator. Apesar de modificações desnecessárias em relação a personagem original, Constantine funciona pela trama bem construída e uma visão instigante daquela que temos de céu e inferno.
Na trama, o ocultista e fumante compulsivo John Constantine é procurado por uma policial – a bela Rachel Weisz - para investigar o caso de sua irmã gêmea que se suicidou em uma instituição psiquiátrica. Evidente que as investigações o levaram para lados ocultos onde conheceremos anjos e demônios – o habitat habitual do mago.
E o oculto nessa trama não resvala no senso comum. Possui uma mitologia própria contada levemente durante a produção que dá contornos muito mais sutis ao conhecido preto e branco que imaginamos.
Sobre as personagens aponto como destaque o anjo Gabriel andrógino interpretado pela sempre competente Tilda Swinton e o Lúcifer grotesco de Peter Stormare. A produção também foi o primeiro longa de Francis Lawrence, oriundo do mundo do vídeo clipe que dirigia anos depois o excelente Eu Sou a Lenda.
O filme que fez de Keanu Reeves um astro de verdade, além de um bom filme de ação da década de 90, parecia firmar um grande ator. Porem, conforme o tempo se passou, concluiu-se que Reeves se encaixava mesmo em papéis específicos, que exigiam pouco de seu talento e que, acima de tudo, o rapaz ficava cheio de estilo em um terno feito sob medida.
Foi dessa maneira que o mago loiro John Constantine – cujas referências para o desenho fora o um dia talentoso músico Sting – acabou se personificando nos cabelos negros do ator. Apesar de modificações desnecessárias em relação a personagem original, Constantine funciona pela trama bem construída e uma visão instigante daquela que temos de céu e inferno.
Na trama, o ocultista e fumante compulsivo John Constantine é procurado por uma policial – a bela Rachel Weisz - para investigar o caso de sua irmã gêmea que se suicidou em uma instituição psiquiátrica. Evidente que as investigações o levaram para lados ocultos onde conheceremos anjos e demônios – o habitat habitual do mago.
E o oculto nessa trama não resvala no senso comum. Possui uma mitologia própria contada levemente durante a produção que dá contornos muito mais sutis ao conhecido preto e branco que imaginamos.
Sobre as personagens aponto como destaque o anjo Gabriel andrógino interpretado pela sempre competente Tilda Swinton e o Lúcifer grotesco de Peter Stormare. A produção também foi o primeiro longa de Francis Lawrence, oriundo do mundo do vídeo clipe que dirigia anos depois o excelente Eu Sou a Lenda.
Em uma primeira impressão, O Procurado me agradou bastante. Mas as críticas que ouvi em conversa com amigos me fizeram rever o filme para saber se meu julgamento estava equivocado.
Há pontos positivos e negativos a serem levantados sobre a produção, desde que se compreenda que ela foi criada para ser uma história de ação sem pretensão e bastante descerebrada – embora baseada em uma HQ importante, li que muito foi modificado.
O ponto de maior destaque da trama concentra-se em seu personagem principal, Wesley Gibson, interpretado pelo jovem e promissor ator James McCavoy. Sua narrativa em of acompanha os acontecimentos do filme e sua personalidade cansada, estressada, tomando pílulas anti-ansiedade é uma boa novidade em meio a um amontoado de clichês. Dialogando de forma íntima como o público, as cenas os efeitos trabalham ao seu favor para contar sua derrotada história até engatar no plano de ação.
É quando o filme mergulha em uma história boba, sobre um clã de assassinos que matam pessoas escolhidas pelo destino através de um tecido, e os efeitos megalomaníacos cansativos desde que surgiu Matrix reinam na tela. Ainda que a explicação para certos acontecimentos impossíveis seja coerente no universo da trama. Os tais assassinos, por terem o batimento cardíaco acelerado, teriam mais adrenalina no sangue e, assim, maior capacidade e habilidade para sair de situações quase impossíveis.
Deve ser considerado como uma diversão boba e inverossímil, apenas dessa maneira para tirar algum proveito da produção. Fora isso, vale destacar que Angelina Jolie está mais bela do que nunca.
Há pontos positivos e negativos a serem levantados sobre a produção, desde que se compreenda que ela foi criada para ser uma história de ação sem pretensão e bastante descerebrada – embora baseada em uma HQ importante, li que muito foi modificado.
O ponto de maior destaque da trama concentra-se em seu personagem principal, Wesley Gibson, interpretado pelo jovem e promissor ator James McCavoy. Sua narrativa em of acompanha os acontecimentos do filme e sua personalidade cansada, estressada, tomando pílulas anti-ansiedade é uma boa novidade em meio a um amontoado de clichês. Dialogando de forma íntima como o público, as cenas os efeitos trabalham ao seu favor para contar sua derrotada história até engatar no plano de ação.
É quando o filme mergulha em uma história boba, sobre um clã de assassinos que matam pessoas escolhidas pelo destino através de um tecido, e os efeitos megalomaníacos cansativos desde que surgiu Matrix reinam na tela. Ainda que a explicação para certos acontecimentos impossíveis seja coerente no universo da trama. Os tais assassinos, por terem o batimento cardíaco acelerado, teriam mais adrenalina no sangue e, assim, maior capacidade e habilidade para sair de situações quase impossíveis.
Deve ser considerado como uma diversão boba e inverossímil, apenas dessa maneira para tirar algum proveito da produção. Fora isso, vale destacar que Angelina Jolie está mais bela do que nunca.
Acusados (The Accused)
Dir. Jonathan Kaplan
Produção do final da década de oitenta, perceptível pela trilha de canções com bateria eletrônica, Acusados aborda a sensível questão da justiça e do estupro. Com Jodie Foster no inicio da carreira, estrelando uma performance ganhadora do Oscar, ela é Sarah Tobias, uma moça estuprada em um bar por três rapazes que agora busca por justiça. Porém, o caso é delicado quando a jovem parecia estar bêbada e toda as pessoas ao redor não se manifestaram, aparentemente, para ajuda-la.
O filme toca em um questão delicada e importante que deve ser abordada, as falhas do sistema legal para conseguir a justiça em alguns casos, principalmente em um caso de estupro. A cena do que realmente aconteceu se forma aos poucos até próximo o final do filme onde o próprio telespectador assiste a cena chocante.
Pela história interessante e pelo seu significado, também por Jodie Foster, a produção vale a pena mas não parece tão em forma assim. No final tem-se a sensação de que poderia ter alguns minutos a menos para ser um pouco mais ágil.
Atos Que Desafiam a Morte (Death Defying Acts)
Dir. Gillian Armstrong
Dir. Jonathan Kaplan
Produção do final da década de oitenta, perceptível pela trilha de canções com bateria eletrônica, Acusados aborda a sensível questão da justiça e do estupro. Com Jodie Foster no inicio da carreira, estrelando uma performance ganhadora do Oscar, ela é Sarah Tobias, uma moça estuprada em um bar por três rapazes que agora busca por justiça. Porém, o caso é delicado quando a jovem parecia estar bêbada e toda as pessoas ao redor não se manifestaram, aparentemente, para ajuda-la.
O filme toca em um questão delicada e importante que deve ser abordada, as falhas do sistema legal para conseguir a justiça em alguns casos, principalmente em um caso de estupro. A cena do que realmente aconteceu se forma aos poucos até próximo o final do filme onde o próprio telespectador assiste a cena chocante.
Pela história interessante e pelo seu significado, também por Jodie Foster, a produção vale a pena mas não parece tão em forma assim. No final tem-se a sensação de que poderia ter alguns minutos a menos para ser um pouco mais ágil.
Atos Que Desafiam a Morte (Death Defying Acts)
Dir. Gillian Armstrong
Qualquer criança que se preze teve sua fase de sonhar com mágicas. Assim, é inevitável não conhecer o nome de Harry Houdini, o grande ilusionista, mestre das grandes escapadas. É de se imaginar que uma história como a dele deva render um bom filme, narrando sua trajetória e desafios até sua morte repentina.
Portanto, torna-se inexplicável a razão dessa produção, focada em um ponto pequeno da vida do ilusionista sem dar nenhum charme para suas mágicas, apenas focando em um relacionamento amoroso cujo enredo é narrado pela filha da moça.
A história funcionaria com ou sem o mágico Houdini, tamanho é a inutilidade de sua presença em cena. Se outro personagem fosse inserido ali, os conflitos bobos gerados na trama, bem como a água com açúcar exagerada seria a mesma.
O tal enredo narra uma época em que Houdini oferecia uma recompensa para algum médium que conseguisse conversar com sua mãe morta e descobrir qual foram suas últimas palavras ditas a ele. Entra em cena, então, Catherine Zeta Jones – não sei fazendo aqui – uma médium charlatona que em vez de tentar a sorte se apaixona pelo ilusionista. Até mesmo o título do filme não se justifica já que a maior parte do tempo há um romance no ar e não atos desafiadores.
Embora relativamente curto, não vale a pena nem a título de curiosidade.
Portanto, torna-se inexplicável a razão dessa produção, focada em um ponto pequeno da vida do ilusionista sem dar nenhum charme para suas mágicas, apenas focando em um relacionamento amoroso cujo enredo é narrado pela filha da moça.
A história funcionaria com ou sem o mágico Houdini, tamanho é a inutilidade de sua presença em cena. Se outro personagem fosse inserido ali, os conflitos bobos gerados na trama, bem como a água com açúcar exagerada seria a mesma.
O tal enredo narra uma época em que Houdini oferecia uma recompensa para algum médium que conseguisse conversar com sua mãe morta e descobrir qual foram suas últimas palavras ditas a ele. Entra em cena, então, Catherine Zeta Jones – não sei fazendo aqui – uma médium charlatona que em vez de tentar a sorte se apaixona pelo ilusionista. Até mesmo o título do filme não se justifica já que a maior parte do tempo há um romance no ar e não atos desafiadores.
Embora relativamente curto, não vale a pena nem a título de curiosidade.