quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A Semana em filmes (22 a 31 de Janeiro)

* Nessa semana em especial, expecionalmente, acrescentei mais três dias na postagem para acertar a semana em filmes de acordo com o calendário de domingo a segunda.


Drácula (dir. Bill Eagles)

São raras as produções feitas para a televisão americana que rendem bons filmes. Nessa milésima adaptação de Drácula, em vez de tentar manter-se fiel ao ótimo livro, os responsáveis acharam mais original fazer uma recriação. Portanto, uma das personagens principais da trama sofre de sífilis e busca em Drácula a renovação de seu sangue e, assim, a salvação de sua doença. O resto é a história do vampiro como conhecemos.
Em comparação com outro recente filme de vampiro que vi para a televisão, Cidade Sombria, a produção não é de todo mal. É apenas um total desperdício de dinheiro, película, atores e tudo mais.
É uma pena que livros tão bons, por serem fontes inesgotáveis de criação, recebam adaptações duvidosas e esdrúxulas como esta quando não só uma, como ao menos três adaptações definitivas sobre a história de Drácula já existem na história do cinema - sendo a minha preferida a de Francis Ford Copolla. Porém, para aqueles que gostem de sofrer, vale dar uma espiada, nem que seja para reclamar depois. Mas esperem passar na tevê aberta.




Numero 23 (dir. Joel Schumacher)

Joel Schumacher é um daqueles diretores considerados, no mínimo, peculiar. Sua carreira divide-se entre boas produções e verdadeiras bombas, sendo a pior delas, em minha opinião, suas duas investidas no mundo do Cavaleiro das Trevas.
Porém, vez ou outra, o diretor solta uma boa produção. Em 1999 me surpreendeu com Nicolas Cage no policial Oito Milímetros, trouxe a carreira de Colin Farrell ao estrelado em Tigerland, e o mesmo ator estrelou, dois anos depois, o tenso Por Um Fio. Sem contar o incrível Um Dia de Fúria com Michael Douglas e Robert Duvall em meados na década de 90.
Mas não pensem que Número 23 faz parte da boa safra do diretor. Na trama, um Jim Carey em seu quinto papel dramático, faz um homem de família, que trabalha em um canil, obcecado por um livro que conspira a favor do número 23. Narrando uma história em que o número está em tudo e em todo lugar. Sua personagem fica cada vez mais doente e paranóica com a história, achando que o número pode até mesmo matar.
Embora a premissa seja um tanto quanto diferente dos filmes de terror atuais, um número que tem poder de estar em todos os lugares e de matar é, no mínimo, besta e ruim.
O que é uma pena, pois Schumacher é um bom diretor. Mas precisa, com urgência, escolher melhores projetos. O mesmo vale para Jim Carey, que vem construindo uma boa carreira dramática mas que, talvez pela chance de fazer um filme de terror, optou por fazer essa pequena bobagem.




Cinturão Vermelho (dir. David Mamet)

Antes de qualquer palavra dirigida ao filme, esqueçam o único cartaz brasileiro, em que Rodrigo Santoro e Alice Braga aparecem como destaque. Eles estão longe de serem as estrelas principais e o cartaz é mais um engana trouxa ou também conhecido como empresa que vende seu produto de maneira errada.
É de se estranhar que um diretor como Mamet tenha se arriscado em fazer um filme de artes marciais. Sobre um lutador que possui uma academia própria mas, por acreditar na honra e nos ideais que a luta proporciona, não participa de nenhum campeonato. Mas por conta de sua inocência, acaba sendo obrigado a participar de um para conseguir alguns trocados.
Uma trama aparentemente qualquer que poderia ser executada por qualquer diretor. Mas, nas mãos de Mamet, a produção se tornou um filme sobre um homem contra o sistema. Um homem puro que tem fé na filosofia de sua luta, contra aqueles lutadores que se vendem e participam de torneios apenas para ganhar dinheiro, destruindo, assim, a honra dos lutadores de verdade.
O resultado dessa nova fábula moral de Mamet é positiva, mas não supera sua obra anterior, O Assalto.




A Dama da Água (dir. M. Night Shymalan)

É uma pena que alguns enredos carreguem uma boa história, mas na sua execução se tornam um péssimo filme. Já que a narrativa que abre o filme A Dama da Água, e assim acaba por revelar o mote do filme, poderia sim ser uma ótima fábula, se estivesse nas mãos de outra pessoa que não M. Night Shymalan.
O diretor, também roteirista, bem que tenta nos entregar uma boa história. É possível visualizar os bons elementos presentes, mas algumas de suas execuções, além de serem repetecos de seus filmes anteriores, começam a se tornar absurdas demais e acabam por não levar a lugar algum. E nem mesmo o grande ator Paul Giamatti consegue dar conta de carregar um filme sem um bom enredo nas costas.
O que resulta em mais uma produção que fica aquém das produzidas anteriormente mas, curiosamente, não seria tão ruim quanto seu próximo filme, Fim Dos Tempos.
Embora ainda seja notoriamente um bom diretor, talvez esteja na hora de deixar os roteiros em mãos mais competentes. Pois, suas poucas idéias boas já foram gastas em seus três primeiros - e ótimos - filmes. Se Shymalan seguir esse caminho descendente, em breve poderá dar as mãos para o diretor alemão Uwe Boll.






Controle Absoluto (dir. D.J. Caruso)

O trailer de Controle Absoluto que, se não me engano, acompanhou o filme dos Transformers no cinema, mostra tudo aquilo que ele é. Ação desenfreada do começo ao fim. E nisso o filme cumpre com eficiência o seu papel.
Exagerando na idéia de que tudo pode ser visto e controlado pelas câmeras e computadores presentes em toda cidade, a vida de Jerry Shaw, personagem de Shia LaBeouf, vira de ponta cabeça quando armam em sua casa um verdadeiro arsenal criminoso e uma ligação misteriosa avisa-o para fugir e seguir certas instruções.
É com esse argumento que o morno diretor D.J. Caruso, que já trabalhou com LaBeouf em Paranóia, apresenta o filme. Jerry, então, ao lado de Rachel, personagem da bela Michelle Monaghan - que recebe um telefonema parecido com de LaBeouf e com a ameaça do possível sequestro de seu filho - é obrigada a seguir as instruções da voz misteriosa.
A trama envolve uma grande conspiração criminosa contra alguns políticos americanos que criaram um programa de computador - O olho da águia, o Eagle Eye do título original - que é programado para ressaltar potenciais desertores do país.
Naturalmente que essa trama comum foi criada para, mais uma vez, testar a credibilidade do ator Shia LaBeouf perante e público, assim como em Paranóia. E de fato o ator possui grande carisma, provando que é capaz de segurar não só esse quanto os dois filmes mornos que participou com Caruso na direção.





24 Horas - A Redenção (dir. Jon Cassar)

Depois de uma sexta temporada que termina seu principal argumento faltando quatro horas para seu final, e após a greve de roteiristas que fez com que a sétima temporada de 24 horas se atrasasse, esse telefilme tem como objetivo ser uma espécie de degustação do que veremos na sétima temporada e ligar os acontecimentos.
É ótimo ter Jack Bauer de volta nas telas, agora vivendo na África, escondido, sem ousar a pensar em voltar para as terras do tio Sam. Mas se por um lado a personagem de Jack já causa um bom entusiasmo, a trama não é tão boa assim.
Jack terá que enfrentar os guerrilheiros locais para transportar algumas crianças para a embaixada americana, superando problemas e atirando no que se mover, como sempre. Apenas para criar um belo gancho final para o começo da sétima temporada. Sem esquecer que, ao mesmo tempo em que vemos Jack na África, presenciamos a posse da primeira presidenta dos Estados Unidos da América.
O lado positivo do telefilme, é que souberam aproveitar as filmagens feitas na África em vez de descartá-las (e ainda conseguiram manter os eventos em tempo real), mas a história passa longe dos ótimos momentos de Bauer.
Fica a expectativa de que a próxima temporada, que prometeu novos personagens e o retorno de personagens antigos, ajude a série a voltar no eixo e coloque Bauer mais em forma do que nunca.




Noites de Tormenta (dir. George C. Wolfe)

Diane Lane e Richard Gere possuem uma química invejável. A prova disso é que com Noites de Tormenta, somamos a terceira parceria do casal, antes em Cotton Club e Infidelidade.
O belo cartaz do filme já indica aquilo que iremos assistir. Gere é um médico desiludido por ter perdido um paciente que resolve passar alguns dias em uma pensão na praia e Lane, que cuida da pensão para uma amiga, a mulher divida entre um possível novo amor e o pedido dos filhos de reatar com o marido.
A previsibilidade do filme é óbvia, serão apenas algumas noites naquela pensão que poderão mudar para sempre a vida daquele casal. Mas isso não é necessariamente uma crítica, afinal, qual romance não se baseia em clichês?
A química do casal e também a boa atuação de ambos funciona, e o clima da trama ajuda - eles estão sozinhos na casa, quase isolados por uma tempestade.
Como alardeado no cartaz, o filme foi baseado no romance de sucesso com o mesmo nome, lançado por aqui pela editora Novo Conceito. O autor também escreveu o livro que gerou o filme Diários de Uma Paixão, também uma boa produção de drama / romance.




As Duas Faces da Lei (dir. Jon Avnet)

As carreiras de Robert de Niro e Al Pacino andam tão insossas no últimos tempos que nem foi feito um alarde dessa primeira parceira entre ambos grandes atores em frente as câmera. De fato que é, na verdade, a terceira. Os atores já dividiram créditos em O Poderoso Chefão e poucas cenas em Fogo contra Fogo, mas é a primeira vez em que um filme é dedicado inteiramente ao dois. E talvez por ter considerado o filme tão ruim, por ter ouvido tão pouco, que me surpreendi.
De Niro e Pacino são parceiro das antigas que estão investigando uma série de crimes cujo assassino deixa poemas no local do crime, mas as coisas começam a ficar fora do lugar quando as suspeitas começam a se virar para DeNiro.
O filme tem lá suas reviravoltas como todo filme policial recente possui, mas flui bem. E mesmo que os atores já estejam um pouco cansados, ainda assim cumprem bem o seu papel. De Niro é o De Niro de sempre, irritado e com palavrões, e Pacino faz bem suas caras de mal usando seu vozeirão para complementar o papel de sujeito sempre descontente.
O titulo brasileiro mais uma vez conduz o telespectador para mais um daqueles títulos comuns do gênero, porque ser criativo ou ao menos traduzir o título original é para poucos.





Homem Aranha 3 (dir. Sam Raimi)

Há uma cena simbólica em Homem Aranha 3. Enquanto Peter Parker observa um outdoor sobre o Homem Aranha, seu criador na vida real, Stan Lee, para ao seu lado e diz: É impressionante como apenas um homem pode fazer a diferença. E se não fosse pelo gênio Stan Lee, criador de todo o universo Marvel, muito dos filmes de quadrinhos que vemos no cinema nem se quer existiriam, muito menos esse.
O problema é que há personagens demais nessa produção e pouco tempo para desenvolver todos da forma necessária. Temos três vilões, dois amores, um rival fotógrafo e duas horas de filme.
A trama se inicia muito bem, apresentando-nos o vilão Flint Marko, que se tornaria o Homem Areia minutos depois. Conhecemos seus objetivos mas, no meio do filme, ele se torna um vilão estúpido e só volta a ter sentimentos no final do filme.
O mesmo acontece com o descartável vilão Venom. É uma pena que o diretor Sam Raimi tenha cedido a pressão dos fãs e colocado o insosso vilão que, não só a história que o origina surge de uma série de consequências enormes como o próprio vilão parece um boneco mal feito,estúpido e idiota.
Sem contar, também, que a aparição de Gwen Stacy, nos gibis a primeira namorada de Peter, e no filme a intriga de amor para Mary Jane, mais serve para quebrar o clima do que para gerar algum ciúmes, ou seja, tudo fora de seu lugar.
A intensão clara do filme era fazer um desfecho de grandes proporções com novos personagens e encerrar a trama ali mesmo. Porém, já especulam-se o quarto filme do Aranha, dizem que parte do elenco já está confirmada. O que significa que os roteirista teram problemas com o próximo filme. Isso se inventarem algo mais do que já está pronto, já que desde do segundo filme a história do Lagarto vem sendo desenvolvida.
Mais engraçado é saber que o pior filme da trilogia foi o que arrecadou mais nas bilheterias americanas, o que significa que qualidade, aparentemente, nem importa tanto assim. Mas claro que o filme rende boas cenas, mas que, isoladas, não articulam um filme tão bom quanto foi Homem Aranha 2 ou X-Men 2. Uma trilogia que se encerra com um leve sorriso amarelo ou, para ser nerd, sem fluído de teia.




Homem de Ferro (dir. Jon Favreau)

Analisando os filmes produzidos pela Marvel e pelo estúdio concorrente DC, é evidente que ambas as casas de quadrinhos estão criando rumos completamente diferentes nas telonas. Enquanto a DC busca desenvolver ótimos filmes definitivos, a Marvel, por outro lado, cedeu seu grande potêncial criativo para produções família que tiram o brilho dos grandes argumentos criados pelo gênio Stan Lee.
Porém, Homem de Ferro é uma excessão a essa regra. Com uma direção surpreendente de Jon Fravreau, que desde o início mostra segurança na produção e de um Robert Downey Jr. que volta das cinzas para se encaixar perfeitamente como o multimilionário mulherengo - e bebum - Tony Stark. A direção e o papel principal são tão firmes frente ao filme, que nem mesmo sua narrativa simples faz com que a produção perca o brilho. É uma pena que outras produções da casa das idéias não cairam nas mãos de diretores tão seguros quanto Favreau.
O dvd do filme lançado pela Paramount é obrigatório para qualquer colecionador. Lançado em edição simples e dupla - a que destaca esse texto - com muitos extras e uma luva externa.
Homem de Ferro 2 já está em fase de pré-produção, mas levando em conta alguns boatos recentes de atores que sairam do filme pelos cachês baixíssimos, aguardo temeroso notícias a respeito.





Átila, o Huno (dir. Dick Lowry)

Atualmente a produção épica não mais existe. Se limitando - ao menos - a produções televisivas onde é possível diluir a longa duração em episódios de uma mini série. Porém, mesmo que a maioria de filmes desse calibre contem com uma boa quantia para sua produção, sempre ficam devendo quanto a sua fidelidade histórica. Afinal, nem toda a produção ganha o requinte da série Roma, por exemplo.
Lançado em 2001, ainda com um Gerard Buttler com cara de novo - sem parecer nada com o imponente general de 300 de Esparta -, Átila, o Huno mais se destaca por seu contra ponto na trama do que pelo ator principal. É do romano Flavius Aetius, interpretado pelo incrível ator Power Boothe, as melhores partes do longa.
Na história, Átila, rei dos hunos, busca aumentar seu império, mas por sua amizade com Flavius, e também pelas manobras do mesmo, prefere atacar seu próprio povo do que Roma, um império com claros sinais de decadência.
Falta para o filme um rei mais seguro de si, o que Buttler conseguiria anos depois sendo o Rei de Esparta.

3 comentários:

  1. Pela primeira vez não vi nenhum dos filmes aqui resenhados.

    Cheguei a pegar o 23 emprestado, mas não assisti, por algum motivo.

    Gostei da resenha do Noites de Tormenta. Depois de dar um Vicodin pra um filme com Jim Carey, não imaginei que esse romance fosse ganhar tantos vicodins! Fiquei com vontade de ver, claro.

    Estou com saudade! Vê se aparece!

    Bjos.

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  2. nao gostei deste site nao tem nada q procuro!!!!!!!!!!!!!!
    minha nota e 0000000000000000000000

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  3. Se você procurava algo sobre o filme Atila, o Huno, há uma resenha nesta página que você comentou...

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